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Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão: especialista alerta para o controle da doença

Na próxima sexta-feira, 26 de abril, é celebrado o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, data criada para conscientizar a população sobre a importância do diagnóstico precoce e do tratamento dessa enfermidade que atinge mais de 38 milhões de pessoas no Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde. Dados da Pesquisa Nacional de Saúde (2019) revelam que cerca de 21% dos cearenses adultos convivem com a doença chamada popularmente de pressão alta.

 

A hipertensão é uma enfermidade crônica que ocorre quando os níveis da pressão arterial atingem valores iguais ou superiores a 140/90 mmHg – mais conhecido como 14 por 9. Segundo o médico cardiologista da Hapvida NotreDame Intermédica, Josely Figueiredo, a pressão alta exige um esforço maior do coração para distribuir o sangue pelo corpo.

“É uma doença de causa multifatorial e metabólica que acomete diretamente o sistema cardiovascular, levando ao enrijecimento dos vasos sanguíneos, a processos inflamatórios e à lesão de órgãos como coração, rins e cérebro. Como consequência, dificulta o fluxo sanguíneo, comprometendo o transporte de nutrientes e oxigênio para as células”, esclarece o especialista.

Josely Figueiredo aponta a genética como a principal causa do desenvolvimento do distúrbio, mas também destaca outros fatores que influenciam nos níveis de pressão. “Peso elevado, consumo excessivo de álcool, tabagismo, sedentarismo, dieta rica em sal, uso indiscriminado de anti-inflamatórios e corticosteroides, e consumo indevido de hormônios para fins estéticos podem levar à hipertensão arterial”.

Na maioria dos casos, a doença é silenciosa, não apresentando sintomas agudos. No entanto, se não for tratada adequadamente, pode causar consequências críticas ao organismo, como ressalta o cardiologista. ”É um grave fator de risco para infarto agudo do miocárdio, doença cerebrovascular e insuficiências renal e cardíaca. Na gestação, pode levar a parto prematuro e baixo desenvolvimento fetal”.

Apesar de não ter cura, a doença pode ser controlada de forma eficaz, possibilitando qualidade de vida ao paciente. “Visitas regulares ao médico para o correto diagnóstico e tratamento precoce com mudança de hábitos de vida são as principais medidas para controlar a hipertensão arterial e, consequentemente, promover uma vida longeva e mais saudável”, orienta o profissional.

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