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Justiça condena filha de piauienses por matar e queimar família em São Paulo

A Justiça condenou nesta quarta-feira (14) três pessoas por roubar, matar e carbonizar uma família em Santo André, na região metropolitana de São Paulo. Somadas, as penas chegam a 192 anos de prisão. O caso aconteceu em janeiro de 2020.

 

Anaflavia Martins Gonçalves, filha do casal assassinado e irmã da terceira vítima, foi condenada a cumprir a pena de 61 anos, 5 meses e 23 dias de reclusão. O júri começou na segunda-feira (12).

Carina Ramos de Abreu, então namorada de Anaflavia, teve a pena decretada em 74 anos, 7 meses e 10 dias em regime fechado.

Guilherme Ramos da Silva, amigo delas, deverá cumprir a pena, em regime fechado, de 56 anos, 2 meses e 20 dias.

Na decisão ficou estabelecido que “os sentenciados, em decorrência da gravidade dos crimes, não poderão recorrer em liberdade”.

Outras duas pessoas acusadas pelo mesmo crime, Juliano e Jonathan Ramos, primos de Carina, serão julgados em agosto. Os cinco envolvidos foram presos pela polícia ainda durante as investigações, há mais de três anos.

As vítimas do crime foram os empresários Romuyuki Veras Gonçalves, 43, e Flaviana de Meneses Gonçalves, 41 e o filho deles, Juan Victor Gonçalves, 15.

O grupo foi condenado por três homicídios triplamente qualificados (por motivo fútil, com emprego de meio cruel e uso de recurso que dificultou a defesa das vítimas); ocultação de cadáver; roubo; e associação criminosa.

A avó materna de Anaflavia disse que a neta tinha “péssimo relacionamento” com a família após o início do relacionamento com Carina. Segundo denúncia do MP, as duas queriam ficar com a casa e os carros da família, além de um seguro de vida em nome de Romoyuki — Carina chegou a pesquisar, dias antes do crime, sobre como resgar o prêmio de apólice.

Segundo o Ministério Público, Anaflavia e Carina facilitaram a entrada dos três homens na casa da família. Imagens gravadas por câmeras de segurança mostram o grupo entrando na casa. Eles simularam um assalto. Os cinco foram denunciados pelo MP em março de 2020.

O objetivo era roubar R$ 85 mil que estava no cofre da casa, mas a quantia não foi encontrada. Esse dinheiro, segundo o MP, seria usado para pagar os três homens e o casal ficaria com R$ 50 mil.

O grupo roubou itens da casa, como televisão, joias, perfumes e os celulares das vítimas. Os três foram assassinados com golpes na cabeça e tiveram os corpos carbonizados.

Carina e Anaflavia agiram por “cobiça”, escreveu o juiz Lucas Tambor Bueno em decisão de maio de 2021, quando decidiu que os cinco deveriam ir a júri popular. Segundo o magistrado, as duas pretendiam “alcançar o patrimônio das vítimas”. Já os demais agiram mediante “promessa de recompensa”.

A defesa de Anaflavia pediu absolvição sumária dela na ocasião, negando autoria dos crimes. A de Carina alegou que ela apenas pretendia participar de um “roubo simulado”, sem participação nos assassinatos. Já a de Guilherme argumentou a ausência de individualização da ação dele no caso e alegou que não existiam provas de que ele havia praticado os assassinatos e a destruição dos cadáveres.

Fonte: Folhapress
Foto: Divulgação

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