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“Coronavírus ainda não explodiu em Teresina porque isolamento social foi precoce”, garante professor da UFPI

Teresina ainda não apresenta muitos casos notificados do novo coronavírus, como São Luís e Fortaleza, por exemplo, porque a Prefeitura se antecipou nas medidas de isolamento social. A afirmação foi feita por professores da Universidade Federal do Piauí (UFPI) durante reunião por videoconferência com técnicos da Prefeitura e com o prefeito Firmino Filho.  As duas instituições estão trabalhando em parceria, discutindo o enfrentamento à pandemia do novo coronavírus.

O professor Jefferson Leite, Doutor em Matemática Aplicada com ênfase em modelos matemáticos em epidemiologia, reforça que as medidas adotadas pela Prefeitura foram decisivas para barrar o crescimento exponencial do novo coronavírus.

“Se Teresina não tivesse feito um isolamento precoce, já estaria como São Luís e Fortaleza, em que os casos já estão na casa dos milhares e as mortes em centenas. Manter um bom nível de isolamento é essencial agora. Precisamos também ficar atentos ao fato de que São Luís e Fortaleza, acabando as vagas de leitos de UTI, podem fazer com que as pessoas procurem atendimento aqui”, comenta o professor, que é coordenador do Núcleo de Transferência Tecnológica e Inovação (Nintec) da UFPI.

Na videoconferência, ele explicou que os efeitos do distanciamento social de um dia são percebidos 10 a 15 dias depois que ele foi feito.

“Isso acontece porque é o tempo médio do aparecimento dos sintomas. O risco é a pessoa achar que, porque os números não estão subindo tanto, o risco passou e todo mundo sair de casa. Com isso perderemos o controle. Em nossas projeções, os gráficos mostram que, se mantivermos distanciamento social de 50% da população, como temos feito agora, Teresina deve registrar 3.500 infectados até o final da primeira quinzena de maio. Desses 3.500, 700 devem ser internados e de 250 a 400 devem precisar de UTIs. Um número ainda muito elevado. Além disso, temos que observar que a pessoa, uma vez internada, fica pelo menos 20 dias nessa situação e dessa forma ocupando um leito por muito tempo, dificultando a entrada de outro paciente na UTI. São números muito altos. A responsabilidade é de todos”, alertou.

De acordo com o professor doutor Emídio Matos, do Departamento de Educação Física e Núcleo de Estudos em Saúde Pública (NESP), a Universidade Federal do Piauí, com apoio de sua Administração Superior, montou grupos interprofissionais para monitorar a evolução da doença, projetar quadros e estudar as publicações científicas relacionadas à Covid-19, no intuito de assessorar o poder público na tomada de decisões.

“Estamos muito atentos e sensíveis às necessidades de Teresina e do Piauí e prontos para colaborar com o que for necessário”, declarou.

Para o prefeito Firmino Filho, o apoio da UFPI é muito importante e é natural que as pessoas pensem que não precise de tanto isolamento.

“O fato das pessoas acharem que o isolamento é desnecessário é a maior prova de que ele está dando certo. Estamos conseguindo. É isso que vai nos permitir, inclusive, reacender nossa economia mais rapidamente. Os estudos demonstram que as cidades que se fecham primeiro e se preparam, no retorno estão mais organizadas e preparadas para crescer. E é isso que essa articulação com a UFPI e com outras instituições nos dará: o preparo necessário para que façamos a nossa retomada com segurança e para que voltemos a crescer economicamente”, destacou.

Fonte: Ascom/PMT

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