O confronto entre Hamas e Israel teve sequência nesta quarta-feira (12), com novos bombardeios aéreos israelenses na Faixa de Gaza, de onde, nos últimos dois dias, o grupo islâmico lançou uma onda de foguetes contra cidades israelenses, incluindo a capital econômica Tel Aviv.
Ao menos 49 pessoas morreram desde segunda-feira (10) —43 em Gaza, segundo o Ministério da Saúde local, e seis em Israel, de acordo com autoridades médicas israelenses.
Nesta quarta, Israel realizou centenas de ataques aéreos em Gaza e disse que sua ofensiva matou vários líderes de inteligência do Hamas, como parte de uma nova e extensa série de operações contra membros do alto escalão da facção considerada terrorista. Os aviões de guerra teriam mirado ainda locais que os militares disseram ser pontos de lançamento de foguetes, além de escritórios e residências de outras lideranças do grupo islâmico.
Já o Hamas disse ter disparado ao menos 220 foguetes contra as cidades de Tel Aviv e Berseba durante a noite de terça e madrugada de quarta. A operação aconteceu em resposta à destruição de um prédio de 13 andares no centro de Gaza, no qual as principais figuras do Hamas mantinham escritórios.
De acordo com testemunhas, o edifício havia sido evacuado cerca de uma hora antes do ataque, mas o grupo não deixou claro se houve vítimas. O Hamas também relatou a destruição da sede da polícia palestina e de um prédio de nove andares no centro da cidade que abrigava residências, lojas e uma televisão local.
“Israel enlouqueceu”, disse à agência de notícias Reuters um homem em uma rua de Gaza, onde as pessoas saíram correndo de suas casas para tentar se proteger das explosões. Em Tel Aviv, também houve correria e moradores insones que buscavam segurança em abrigos antiaéreos públicos ou em espaços de paredes reforçadas obrigatórios em todas as construções desde 1991.
Fonte: Folhapress