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Explosões de “pagers” matam nove pessoas e deixam mais de 2,7 mil feridos no Líbano

Fonte do Hezbollah atribui explosões a ataque coordenado de Israel: governo de Tel Aviv não comenta o caso

Pelo menos oito pessoas morreram e cerca de 2.750 ficaram feridas nesta terça-feira, 17, em várias regiões do Líbano devido às explosões de seus dispositivos de mensagens “pager”, disse à AFP o ministro da Saúde, Firass Abiad. Entre os mortos está uma criança de 8 anos.

 

A menina, filha de um membro do movimento islamista Hezbollah no Líbano, teria morrido devido à explosão do “pager” de seu pai, relataram a família e uma fonte próxima.

Segundo Abiad, muitas das vítimas têm ferimentos na face, especialmente nos olhos, nas mãos e na barriga.

Uma fonte próxima do Hezbollah disse que vários dos seus membros ficaram feridos, enquanto outra fonte do movimento islamista libanês atribuiu as explosões a Israel.

As explosões teriam ocorrido em um subúrbio conhecida como Dahiyeh, localizada ao sul de Beirute, segundo a Reuters News. A área seria um dos redutos dos combatentes do Hezbollah. O Ministério da Saúde do Líbano pediu aos cidadãos que possuem pagers que os descartem e alertou os hospitais para que fiquem em “alerta máximo”.

O embaixador do Irã no Líbano, Mojtaba Amani, estaria entre os feridos, de acordo com o veículo de comunicação iraniano Mehr News.

Segundo a CNN, o exército israelense disse que não comentaria o incidente. A emissora informa ainda que o Ministério da Saúde libanês convocou com urgência profissionais de saúde em todo o Líbano, dado o “grande número de feridos sendo transferidos para hospitais” após as explosões.

O episódio ocorre em meio ao aumento da tensão entre o Hezbollah e o Exército de Israel. Mais cedo, o Gabinete de Segurança de Israel anunciou que interromper os ataques do grupo xiita libanês é agora um objetivo oficial de guerra. Uma operação militar mais ampla está sendo considerada no Líbano, o que pode desencadear um conflito total na região.

Nos últimos dias, autoridades israelenses têm ameaçado tomar medidas mais pesadas para interromper os ataques quase diários. Veículos de comunicação israelenses relatam que o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, avalia a possibilidade de demitir o ministro da Defesa Yoav Gallant e nomear Gideon Saar, considerado mais agressivo em termos de política externa.

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