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Maduro é proclamado presidente da Venezuela

Maduro inicia seu terceiro mandato, que vai até 2031, assumindo a partir desta segunda-feira (29)

O CNE (Conselho Nacional Eleitoral) proclamou a vitória do presidente Nicolás Maduro, que obteve 5,15 milhões de votos (51,2%), conforme anunciado pelo órgão eleitoral venezuelano. Maduro declarou o resultado como “irreversível”. Maduro inicia seu terceiro mandato, que vai até 2031, em janeiro.

 

“Os venezuelanos expressaram sua vontade absoluta ao eleger Nicolás Maduro Moros como presidente da República Bolivariana da Venezuela para o período 2025-2031″, disse o presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Elvis Amoroso.

Em discurso no Conselho Nacional Eleitoral, Maduro agradeceu o apoio que recebeu nos últimos dois dias de seus apoiadores. “Essa noite dormi como um recém-nascido. Foi uma jornada histórica, vencer o fascismo com a força do povo. Assumo o mandato do povo para levar o país à paz e à união nacional.”

Ele acrescentou: “Com esse resultado, tornar irreversíveis a paz, a igualdade e a independência nacional. Isso deve ser irreversível: a paz e a união, entre todos e todas.”

Oposição

A líder opositora María Corina Machado e seu candidato Edmundo González Urrutia se pronunciaram depois da divulgação dos resultados do CNE, que declarou vitória para Nicolás Maduro na Venezuela. Segundo ela, os dados divulgados são “impossíveis diante dos dados que estamos recebendo”.

“Hoje queremos dizer a todos os venezuelanos e ao mundo inteiro que a Venezuela tem um novo presidente eleito e é Edmundo Gonzalez Urrutia”, afirmou a opositora sob aplausos de apoiadores. “Já ganhamos e todo mundo já sabe. (…) Ganhamos em todos os cantos do país, em todas as cidades do país, em todos os Estados do país.”

Acompanhamento

A eleição venezuelana é acompanhada por diversos observadores internacionais. No caso brasileiro, Amorim é o responsável por analisar o pleito do país vizinho. Durante a campanha, Maduro afirmou que, caso não vencesse, a Venezuela poderia enfrentar uma guerra civil, inclusive com “banho de sangue”.

Lula disse que ficou assustado com a declaração de Maduro e que o líder vizinho precisa respeitar o processo democrático. De acordo com o petista, o venezuelano “tem que aprender: quando você ganha, você fica; quando você perde, você vai embora”.

“Eu fiquei assustado com a declaração do Maduro dizendo que se ele perder as eleições vai ter um banho de sangue. Quem perde as eleições toma um banho de voto. O Maduro tem que aprender, quando você ganha, você fica; quando você perde, você vai embora”, afirmou Lula recentemente.

“Eu já falei para o Maduro duas vezes, e o Maduro sabe, que a única chance de a Venezuela voltar à normalidade é ter um processo eleitoral que seja respeitado por todo o mundo […] Se o Maduro quiser contribuir para resolver a volta do crescimento na Venezuela, a volta das pessoas que saíram da Venezuela e estabelecer um Estado de crescimento econômico, ele tem que respeitar o processo democrático”, completou à época.

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