Centenas de israelenses voltaram às ruas de Tel Aviv, capital de Israel, para pedir a libertação imediata dos sequestrados na guerra contra o Hamas.
As manifestações, realizadas na noite desta sexta-feira (15), foram desencadeadas após o Exército de Israel informar que suas tropas mataram por engano três reféns israelenses que estavam em poder do Hamas.
Yotam Haim, Samer Talalka e Alon Shamriz conseguiram fugir dos terroristas e tentavam chegar a Israel . Os três carregavam uma bandeira branca quando foram mortos, segundo investigações iniciais.
Com cartazes pedindo “traga-os para casa agora” e “exigimos um acordo”, o grupo se reuniu em frente à base militar de Tel Aviv e, depois, marchou pelas ruas da cidade.
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Os protestos foram marcados ainda por várias bandeiras de Israel cobertas com tinta vermelha, cartazes com fotos dos três reféns mortos e de pessoas que permanecem desaparecidas.
“Uma tragédia terrível, eu acho. Um acordo deveria ter sido feito muito, muito antes. E todas as vidas de todas as pessoas inocentes poderiam ter sido poupadas. Acho que é uma grande tragédia o que está acontecendo aqui agora em todos… em todos … aspectos”, lamentou um dos manifestantes à agência Reuters.
Segundo o governo de Israel, 138 reféns ainda estavam sob poder do Hamas – contando com os três israelenses mortos por engano. Todos foram sequestrados há dois meses, desde que o grupo terrorista invadiu o sul de Israel, matando outras 1.402 pessoas.
‘Erro trágico’
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Os três reféns foram mortos durante uma operação de tropas israelenses em Shejaiya, bairro da Cidade de Gaza, no norte do território palestino.
De acordo com o porta-voz do Exército israelense Daniel Hagari, eles conseguiram escapar do cativeiro e caminhavam em direção a território israelense.
“Durante os combates em Shejaiya, uma força das Forças de Defesa de Israel identificou erroneamente três reféns israelenses como uma ameaça. Como resultado, a força disparou contra eles e eles foram mortos”, declarou, em comunicado, um porta-voz do Exército.
Os três, ainda segundo o governo israelense são, cidadãos israelenses e haviam sido sequestrados em 7 de outubro pelo grupo terrorista:
- O israelense Yotam Haim, sequestrado no kibutz de Kfar Gaza;
- Samer Talalka, sequestrado no kibutz de Nir Am mas que era residente da cidade beduína de Rahat;
- Alon Shamriz, que também vivia em Kfar Gaza e era filho de iranianos, segundo o jornal “The Israel Times”.
Os corpos dos três foram levados pelos soldados a território israelense, onde foram identificados.
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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, pediu desculpas às famílias e disse que aprendeu “lições necessárias”. Mas afirmou que incursões seguirão.
Em nota, a Casa Branca tratou o caso como um “erro trágico” cometido pelo exército israelense.
Já as Forças de Defesa de Israel chamaram o caso de “incidente” e disseram que aprenderam ‘lições’ com o episódio, mas afirmaram que seguirão em busca dos reféns ainda em poder do Hamas.
O conflito entre Israel e Palestina começou após terroristas do grupo Hamas iniciarem um ataque sem precedentes contra o território israelense. Israel declarou guerra ao grupo terrorista, e bombardeios entre os dois lados continuam desde então.
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