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“Os homens no Brasil vivem em média 7 anos menos que as mulheres”, afirma urologista

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de próstata é o segundo tipo mais incidente na população masculina em todas as regiões do país. O levantamento aponta, ainda, que no Brasil estimam-se 71.730 novos casos de câncer de próstata por ano para o triênio 2023-2025. O número é expressivo e reforça o convite para conscientização e cuidado com a saúde masculina. O Inca orienta que os homens estejam alertas a qualquer anormalidade no corpo e mantenham uma rotina de acompanhamento médico para check up completo. Isso porque o diagnóstico precoce é a melhor estratégia para o bem-estar físico.

 

Para o médico e especialista na área, Giuliano Aita, do Instituto de Educação Médica (IDOMED), é indispensável conscientizar a população a respeito das doenças masculinas, prevenção e diagnóstico do câncer de próstata, por exemplo.

“A importância de falar sobre a saúde masculina se dá porque pesquisas mostram que a saúde tem a ver com nossas escolhas e nossos hábitos de vida. Os homens costumam dar menos atenção à saúde e vão menos ao médico. Os homens no Brasil vivem, em média, 7 anos menos que as mulheres”, expressa.

O médico ressalta que é preciso realizar o acompanhamento regular com o urologista, pois os exames da próstata constam de duas possibilidades mais frequentes. “O primeiro é o exame de sangue (PSA), que é uma proteína produzida pela próstata que, se estiver elevada, será identificada no teste. O outro exame é o de toque retal, no qual o urologista avalia a próstata: é rápido e indolor. Cabe dizer que existem outros exames também que ajudam no cuidado com a saúde”, explica.

Além do exame de PSA e toque retal, há a ultrassonografia e ressonância da próstata, que devem ser solicitadas somente quando houver algum sinal clínico que justifique a indicação desses exames. Quanto aos sinais de alerta, o médico reforça que, na maioria das vezes, nas fases iniciais, o tumor de próstata é assintomático. “Nas fases mais avançadas, podem surgir sintomas que se assemelham ao crescimento benigno da próstata, como a vontade frequente de urinar à noite, ardência ou dor para urinar, por exemplo”, observa.

Questionado sobre os principais entraves que levam os homens a irem menos ao médico urologista, o especialista compartilha que percebe três motivos que explicam a resistência.

“O primeiro deles é o medo do exame de toque retal, o que é infundado, já que é algo rápido e indolor. O segundo é o medo de descobrir alguma doença, uma vez que isso fragiliza o homem perante a sociedade. E o terceiro é a desculpa da falta de tempo”, finaliza.

Por isso, mais do que nunca é preciso estimular e disseminar a importância do autocuidado e bem-estar masculino de modo que se desmistifique os estigmas que podem provocar complicações médicas evitais.

Da Redação
Com informações da Ascom

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