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Presidente da Anfavea diz que Brasil se tornou um mercado de ‘desova’ de carros da China

O presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, afirmou que a alíquota padrão do imposto de importação para veículos, de 35%, foi reduzida para eletrificados, enquanto países da Europa e os Estados Unidos elevaram ou ameaçaram elevar o imposto no último ano para conter a entrada significativa dos carros chineses, especialmente elétricos.

 

De acordo com Márcio de Lima Leite, as condições do mundo mudaram e que é preciso subir a alíquota de importação para 35%

“Pleiteamos o retorno integral imediato [da alíquota]. O mundo mudou e isso fez com que o excesso de produção da China fosse desovado no Brasil”, disse o dirigente.

Os veículos a combustão no Brasil têm a alíquota de imposto de importação mais alta permitida pela Organização Mundial do Comércio (OMC), de 35% (exceto aqueles provenientes de regiões com acordos bilaterais, como Mercosul e México).

Antes com imposto de importação quase zerado, os modelos elétricos tiveram majoração da alíquota recentemente, que passou para 18%; e agora terão duas novas altas, para 25% em julho deste ano e, depois, para 35% em julho de 2026.

Os híbridos plug-in (que têm carregamento externo) terão aumento do imposto de importação de 20% para 28% em julho e depois atingirão 35% em 2026. Já o tributo para híbridos leves e plenos passará de 25% para 30% neste ano e, em julho de 2026, para 35%.

Na avaliação de Leite, a entrada em excesso de veículos é prejudicial para o Brasil.

“Nós, como fabricantes locais, muitas vezes utilizamos esse mecanismo de importação, mas não podemos perder competitividade em razão das alíquotas baixas”, defendeu.

De acordo com dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), os emplacamentos de carros importados somaram 466,5 mil unidades no ano cheio de 2024, uma alta de 33% sobre o ano anterior. Trata-se do maior volume de importações da última década. Desse total, cerca de 200 mil são modelos eletrificados da China.

Diante do avanço da ordem de 30% das importações de veículos no Brasil, impulsionadas pelos elétricos chineses, as montadoras com fabricação local defendem medidas para conter o fenômeno. Seriam ações para proteger da indústria local, a exemplo de medidas tomadas pela União Europeia ou prestes a serem tomadas pelos Estados Unidos de Donald Trump.

Da Redação

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