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Ato em alusão ao Dia da Consciência Negra reforça luta por igualdade na advocacia e entrega “Carta da Esperança” à Chapa 10

O Comitê da Esperança recebeu advogados e advogadas na manhã desta terça-feira, 19, para o Ato de Entrega da “Carta da Esperança – A OAB que Precisamos”, um documento que expressa o desejo de uma Ordem mais justa, representativa e comprometida com a equidade racial e de gênero.

 

O evento, promovido pelo movimento Elas por Elas, foi realizado em alusão ao Dia da Consciência Negra, comemorado dia 20 de novembro, representando um marco importante na luta por igualdade e inclusão.

A “Carta da Esperança”, construída coletivamente, traz propostas para fortalecer a representatividade das mulheres e de grupos sub-representados na OAB. Um dos principais pontos de discussão foi o compromisso com a igualdade de gênero e de ocupação de espaços de poder dentro da Ordem.

“Esta carta reafirma o compromisso com a luta pela igualdade racial, a promoção da justiça social e o combate a todas as formas de discriminação, reconhecendo a contribuição histórica e cultural da população negra para a construção de uma sociedade mais justa e plural. O que buscamos é uma OAB cada vez mais inclusiva, com a diversidade ocupando os espaços” disse o candidato à presidência Raimundo Júnior.

Nos últimos anos, a atual gestão da OAB/PI tem enfrentado críticas pela falta de representatividade em cargos estratégicos. Vale lembrar que a escolha majoritariamente masculina para vagas em tribunais e a composição de listas exclusivas de homens para o quinto constitucional do Tribunal de Justiça do Piauí (TJ/PI), o que gerou repercussão nacional.

“A participação de mulheres e pessoas negras nas vagas para os tribunais é essencial para a construção de um sistema judiciário mais justo e representativo, refletindo a diversidade da sociedade e garantindo que todas as vozes sejam ouvidas e consideradas nas decisões que afetam a vida de todos”, reforça Raylena Alencar.

Embora o Conselho Seccional da OAB/PI tenha conquistado equilíbrio de gênero graças às cotas obrigatórias, a representação feminina não tem avançado concretamente. O movimento Elas por Elas também denuncia retrocessos, como a retirada do direito ao voto direto da advocacia e a adoção de votações sigilosas, medidas vistas como ataques ao sistema democrático de direito.

Em seu discurso, líderes do movimento Elas por Elas ressaltaram que a luta pela igualdade na advocacia é parte de um esforço maior para construir uma sociedade mais justa.”A entrega da ‘Carta da Esperança’ não é apenas um gesto simbólico, mas um compromisso coletivo. É essencial que a OAB seja um reflexo da sociedade que queremos construir”, destacou uma das representantes do movimento.

Fonte: Ascom

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