A polícia israelense anunciou nesta quinta-feira, 17, que a morte do líder do Hamas Yahya Sinwar foi confirmada após seu corpo ter sido identificado com base no exame de sua arcada dentária. No entanto, mais testes estão em andamento.
Aos 61 anos, Sinwar era o número 2 da hierarquia do Hamas e substituiu Ismail Haniyeh, assassinado em julho passado em Teerã, no Irã, na liderança do grupo.
Ele era apontado como o principal arquiteto dos ataques perpetrados pelo grupo em território israelense no último dia 7 de outubro, que matou 1,2 mil pessoas e desencadeou a guerra na Faixa de Gaza.
Natural de Khan Yunis, Sinwar era desde 2017 o líder do braço político do Hamas no enclave palestino e seu paradeiro era desconhecido. O comandante não aparecia em público desde o início do conflito.
Conhecido por sua linha dura, o então líder do Hamas passou mais de duas décadas preso em penitenciárias israelenses, mas foi libertado em 2011 em uma troca de prisioneiros. No grupo desde 1987, Sinwar deu origem ao Majd, serviço de segurança interna do Hamas.
Ataque a escola em Gaza
Também nesta quinta-feira, um ataque aéreo de Israel atingiu uma escola em Jabalia, no norte da Faixa de Gaza e provocou a morte de ao menos 19 palestinos deslocados, incluindo crianças, que se abrigavam no local.
A informação foi confirmada por um funcionário do Ministério da Saúde do enclave palestino, controlado pelo Hamas, à agência Reuters.
Segundo o diretor médico do hospital Al-Shifa, Medhat Abbas, mais de 160 pessoas ficaram feridas no ataque e “não há água para apagar o fogo”. “Não há nada”, declarou.
A ofensiva foi confirmada pelas Forças de Defesa de Israel (FDI) em comunicado oficial. Os militares destacaram ter encontrado um arsenal de armas dentro da escola.
“Os soldados descobriram dezenas de armas, explosivos, munição, tijolos explosivos e morteiros em uma escola localizada em uma área civil. Além disso, em uma das salas de aula, foi encontrado um quadro-negro, que havia sido usado pelos terroristas, com declarações em árabe elogiando o massacre de 7 de outubro”, explicou a nota.
Por sua vez, o grupo fundamentalista islâmico Hamas negou usar a escola Abu Hussei para fins de combate e condenou o Exército israelense por cometer este novo massacre contra civis, crianças e mulheres.
“Este massacre eleva o número de centros de abrigo e deslocamento bombardeados pelo Exército israelense para 192, abrigando centenas de milhares de deslocados devido à guerra de extermínio em massa que o exército de ocupação está travando contra nosso povo palestino”, concluiu o Hamas.