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Ex-marido de Raquel Cattani e irmão dele são indiciados por homicídio triplamente qualificado em MT; entenda

A investigação apontou que o Romero Xavier não aceitava o fim do relacionamento e, por isso, mandou matar a filha do deputado.

A investigação sobre o assassinato de Raquel Cattani, filha do deputado estadual Gilberto Cattani, levou ao indiciamento dos irmãos Romero – ex-marido da vítima – e Rodrigo Xavier como mandante e executor do crime, respectivamente. O inquérito, concluído nessa segunda-feira (5), foi encaminhado ao Ministério Público e à Justiça.

Raquel, de 26 anos, foi encontrada morta dentro de casa, no assentamento Pontal do Marape, em Nova Mutum, na manhã de 19 de julho. O corpo apresentava marcas de mais de 30 facadas.

A investigação apontou que o Romero não aceitava o fim do relacionamento e, por isso, mandou matar a ex-companheira.

Romero e Rodrigo Xavier estão presos preventivamente desde o dia 24 de julho. Em depoimento à Polícia Civil, Rodrigo confessou o crime e disse que recebeu R$ 4 mil do irmão para cometer o assassinato.

Os irmãos responderão por homicídio triplamente qualificado:

  • Feminicídio
  • Promessa de recompensa
  • Emboscada com recurso que dificultou a defesa da vítima

Rodrigo ainda foi indiciado pelo crime de furto, pois levou da casa de Raquel diversos pertences, entre objetos de uso pessoal e um celular. Já Romero também é alvo de outro inquérito policial, pela Delegacia de Lucas do Rio Verde, pelo crime de porte irregular de arma de fogo. As armas foram apreendidas durante as buscas realizadas no curso da investigação para esclarecimento do crime.

O crime e a simulação de assalto

Raquel Cattani foi encontrada morta dentro de casa com mais de 30 perfurações de faca — Foto: Reprodução

De acordo com a polícia, Romero levou o irmão no próprio carro e o deixou escondido nas proximidades do sítio onde Raquel morava. Ao longo do dia, ele teria almoçado com o ex-sogro e, depois, levou os filhos do ex-casal para Tapurah, a fim de criar o álibi e afastá-los do crime planejado.

A investigação apontou ainda que, durante a tarde do dia 18 de julho, Romero chamou algumas pessoas com quem nem tinha muita convivência para beber e assar carne. No período da noite, foi a três boates em Tapurah. Segundo a polícia, esse comportamento evidencia a tentativa de formar o álibi de que estaria da cidade e, assim, não ser considerado o principal suspeito.

A polícia informou que Romero sabia da rotina de Raquel e, de forma planejada, havia retirado os filhos da residência anteriormente. Ainda de acordo com a investigação, enquanto o ex-marido da vítima simulava o álibi, Rodrigo ficou à espreita da vítima até ela chegar ao sítio.

Ao chegar no sítio por volta de 20 horas do dia do crime, a vítima foi atacada a facadas e morreu ainda no local. Em seguida, segundo a polícia, Rodrigou subtraiu alguns objetos da casa, quebrou a televisão na parte de fora e levou a moto da vítima com o destino a Lucas do Rio Verde.

O executor do crime jogou a motocicleta, o celular e a faca do crime em um rio da região.

Comoção em velório

Romero é pai de ambos os filhos de Raquel – um menino de 6 anos e uma menina de 3 anos. Durante o velório da empresária, ele se mostrou muito abalado e permaneceu ao lado do caixão junto com o deputado.

Durante as últimas homenagens a Raquel, Romero ainda recebeu apoio emocional de amigos e familiares da vítima que estavam presentes devido ao estado que se encontrava.

Gilberto Cattani chegou a comentar nas redes sociais sobre boatos envolvendo o genro após a imprensa local divulgá-lo como suspeito do assassinato. Na ocasião, ele afirmou que Romero não estaria envolvido na morte da filha.

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