Conhecido pela morte de Eliza Samudio, o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, voltou a ser preso nesta quarta-feira, 3, por outro homicídio. Ele foi condenado a 16 anos de prisão pela execução de Devanir Claudiano Alves, em 2009, um ano antes do crime que vitimou a mãe do filho do goleiro Bruno Fernandes. A informação é da TV Globo Minas. 

Ao Terra, a Polícia Civil confirmou a prisão em cumprimento do mandado por condenação, expedido pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais. O crime pelo qual Bola foi preso desta vez ocorreu no bairro Juliana, na região norte de Belo Horizonte.

Conforme a emissora, o ex-policial teria sido contratado pelo comerciante Antônio Osvaldo Bicalho para matar a vítima. A suspeita do comerciante é que Devanir tinha um envolvimento amoroso com sua esposa. A investigação deu conta que Bola teria recebido o dinheiro de Bicalho para executar o crime. 

Ambos foram a Júri Popular, sendo Bola condenado a 16 anos de prisão e o comerciante a 14 anos. Na época do julgamento, a Justiça concedeu o direito de ambos recorrerem em liberdade. No entanto, Bola já cumpria a pena pela morte de Elisa Samúdio. 

Nesta semana, a Justiça decidiu pela prisão de Bola. Segundo a Polícia Civil, a decisão judicial foi cumprida por meio da 2ª Central Estadual do Plantão Digital e, em seguida, ele foi encaminhado ao sistema prisional, ficando à disposição da Justiça. 

O Terra tentou mais detalhes junto ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais, pois o processo está em segredo de Justiça, mas até o momento, não teve retorno. 

Condenado por homicídio de Eliza

Eliza Samudio tinha 25 anos quando desapareceu no dia 4 de junho de 2010 após ter saído do Rio de Janeiro para ir a Minas Gerais a convite de Bruno, de quem era amante. Ela teve um filho com o jogador, que atuava no Flamengo na época, e não reconhecia a paternidade da criança.

Em março de 2013, Bruno foi condenado a 22 anos de prisão pela morte de Samudio. No mês seguinte, Bola recebeu a mesma pena pela morte e ocultação de cadáver de Eliza Samudio. O ex-policial foi considerado culpado dos crimes de homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver.

Também foi considerado culpado Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, que teve pena de 15 de prisão. Dayanne Rodrigues do Carmo, ex-mulher do goleiro e acusada de ser cúmplice no crime, foi absolvida. Fernanda Gomes de Castro, ex-namorada do atleta, foi condenada a cinco anos, em 2012. 

Wemerson Marques de Souza, o Coxinha, e Elenilson Vitor da Silva foram considerados culpados pelos crimes de sequestro e cárcere privado de Bruninho, filho do ex-atleta do Flamengo. Elenilson foi condenado a três anos em regime aberto, enquanto Wemerson recebeu pena de dois anos e seis meses, também em regime aberto.