Um áudio de uma ligação entre uma aposentada e uma atendente de uma associação é um dos exemplos dados pela Polícia Federal para comprovar a “má fé” dessas instituições e conseguir aprovação para descontos nas aposentadorias do INSS.
A Investigação chama atenção para o diálogo confuso e com trechos difíceis de entender como você pode conferir no vídeo acima. A atendente confirma os dados com a aposentada, que desde o início da ligação parece não entender o propósito do contato. Após a confirmação de data de nascimento e CPF, a atendente lê um texto que não é possível entender claramente o que é dito.
No fim, a aposentada sem entender o que estava sendo proposto, autoriza o desconto de R$ 45 de sua aposentadoria.
Segundo a PF, agindo dessa maneira, os fraudadores teriam feito R$ 6,3 bilhões de descontos associativos realizados entre 2019 e 2024.
No fim de abril, a Polícia Federal e a CGU deflagraram a Operação Sem Desconto para desarticular este esquema de descontos irregulares que causou prejuízos nos benefícios recebidos por segurados do INSS. Na ocasião, os acordos entre o INSS e associações foram suspensas.
Segundo o Governo Federal, o processo para ressarcimento dos beneficiários do INSS prejudicados teve início.
Os aposentados, aposentadas e pensionistas que ainda não realizaram a consulta junto ao INSS para saber se houve ou não descontos indevidos por parte de associações terão à disposição, a partir do dia 30 de maio, mais um canal de serviço: as agências dos Correios.
Ao todo, 4.730 agências próprias dos Correios, em todas as unidades da Federação, estarão habilitadas para o atendimento aos serviços de consulta do INSS.