Durante os últimos três dias, Teresina foi palco da construção conjunta da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. Em clima de colaboração, a Força-Tarefa, sob coordenação do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), obteve convergência entre cerca de 50 delegações internacionais presentes para estabelecimento dos Termos de Referência e do Quadro de Governança da Aliança Global contra a Fome a Pobreza. Também houve consenso no modelo da Aliança Global para as Declarações de Compromisso.
O governador Rafael Fonteles colocou a atuação na primeira infância como uma das ações presentes dentro da cesta de políticas públicas que será apresentada às autoridades internacionais. “A garantia de uma alimentação adequada durante a infância é fundamental. Então, investimentos para garantir isso é importante para o desenvolvimento integral das crianças. Logo, é um tema que tem total relação com as discussões do G20 em Teresina. Essa atenção à primeira infância será analisada, copiada e aperfeiçoada pelos países”, disse o governador.
Rafael Fonteles elogiou a organização do evento e destacou que as reuniões na capital piauiense foram decisivas para a construção da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. “O evento aconteceu com muita organização, possibilitando o debate de todas as delegações presentes. Tivemos um ambiente acolhedor, que sem dúvidas contribuiu para esse consenso nos três documentos discutidos nos três dias de reuniões”, pontuou o chefe do Executivo Estadual.
“O Documento Fundacional da Aliança já está completamente revisado e trabalhado, resultando em um texto final quase pronto, mantida apenas a possibilidade de alguma revisão nos próximos dias”, afirmou o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias.
“Quero agradecer o compromisso e o envolvimento de cada país e organização internacional, pois conseguimos finalizar aqui em Teresina, nos últimos três dias, praticamente todos os textos e documentos já trabalhados para a reunião ministerial que acontecerá no final de julho”, completou o titular do MDS.
Além disso, a plataforma eletrônica da cesta de políticas, que concentrará experiências exitosas de combate à insegurança alimentar e a miséria, está online e operacional. O instrumento foi apresentado, discutido e amplamente acolhido pelo G20. As submissões de instrumentos políticos e programas já estão sendo feitas pelos membros da Força-Tarefa.
Segundo o ministro, a questão financeira está praticamente finalizada, faltando apenas quatro parágrafos para serem debatidos virtualmente entre os participantes até junho. “O pilar financeiro na declaração da Aliança Global será reformulado com base nas contribuições recebidas em Teresina e finalizadas em consultas virtuais até junho. Quero frisar que não se identificaram problemas intratáveis na parte financeira”, explicou o ministro. “Ficaram para uma nova revisão apenas por questão de limitação de tempo e necessidade de consultas por parte de delegações que não estavam com seus ministros da Fazenda presentes”, afirmou Wellington Dias.
Os documentos da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza serão levados para a reunião ministerial, em julho, no Rio de Janeiro, momento em que os ministros de todos os países do G20 devem analisar os textos. A expectativa é de que a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza seja lançada em novembro, também na capital fluminense, durante a Cúpula do G20.
Visitas de campo
Com o fim das reuniões, as delegações internacionais encerram a passagem por Teresina com duas visitas de campo, ainda nesta sexta (24), onde irão conhecer, in loco, como os programas de combate à fome funcionam no estado por meio de duas visitas de campo.
A primeira visita será à horta comunitária do povoado Ave Verde, onde técnicos terão a oportunidade de ver, na prática, como funcionam os programas de combate à fome e como é incentivada a produção da agricultura familiar no entorno de Teresina.
Em seguida, os participantes irão à Quitanda da Agricultura Familiar, no Espaço Rosa dos Ventos, da Universidade Federal do Piauí (UFPI), onde os produtores podem comercializar seus alimentos, cultivados localmente, para o consumidor.