O representante da Unesco, Fábio Eon, elogiou nesta quinta-feira (23) o Piauí por seus investimentos substanciais na educação, que, segundo ele, têm sido fundamentais para combater a pobreza de maneira eficaz e sustentável. Fábio participa de reunião do G20 Social Teresina.
“A gente sabe que a educação talvez seja o instrumento mais importante para combater a pobreza, principalmente a pobreza intergeracional”, afirma Fábio Eon, coordenador de Ciências Humanas e Sociais e Ciências Naturais da Unesco, que participa da 3ª reunião da Força-Tarefa para construção da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza no âmbito do G20, em Teresina.
Fabio Eon pontuou as observações sobre a educação do Piauí, citando como exemplo as transformações ocorridas, nas duas últimas décadas, no município de Guaribas. A cidade, que foi símbolo do Fome Zero (programa que evoluiu para o Bolsa Família), hoje representa um exemplo de sucesso das políticas públicas educacionais e sociais.
O representante da Unesco ainda destacou que o Piauí é um modelo a ser seguido. “A Unesco tem se pautado, usado esses estados como modelos e referências internacionais como estados inovadores no que tem sido feito na escola”, disse aos jornalistas, em entrevista coletiva.
Para ele, o Bolsa Família, com sua exigência de frequência escolar, demonstrou a efetividade da combinação de programas educacionais com proteção social e no combate à fome. Segundo Eon, há uma correlação no número de matrículas escolares com os índices de combate à fome na infância.
Dados do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) apontam que, desde 2003, a qualidade de vida no estado melhorou consideravelmente, refletida no salto do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 0,480 (muito baixo) para 0,710 (alto).
“A redução da pobreza e da fome no Piauí deve-se, entre outros fatores, a um investimento grande em serviços públicos, entre eles a educação. A gente vê os resultados dos investimentos do estado nessa área, por exemplo, com o aumento de matrículas escolares em torno de 30% nos últimos dez anos e uma redução de 40% do analfabetismo”, concluiu Fabio Eon.
Da Redação