O senador Cid Gomes (PSB), 61, requisitou R$ 30 mil de aposentadoria por ter exercido dois mandatos de deputado estadual no Ceará.
O Diário Oficial do estado informa que Cid pediu a aposentadoria no último dia 15 de abril. A decisão foi tomada dez dias depois e publicada na última terça-feira (30).
No Senado, Cid recebe R$ 44 mil de salário. Em fevereiro de 2025, o valor subirá para R$ 46,3 mil, conforme decreto assinado em 2022.
A aposentadoria poderá ser acumulada ao salário, o que garantirá hoje rendimento de R$ 74 mil brutos ao senador por mês.
O valor da aposentadoria parlamentar é quatro vezes o teto do INSS que, neste ano, é de R$ 7.786,02, que exige idade mínima de 65 anos para homens e tempo mínimo de contribuição de 30 anos.
Para se aposentar como deputado estadual antes dos 65 anos, Cid pagou um pedágio. Pelas regras da previdência parlamentar do Ceará, são 35 anos de contribuição e 65 anos de idade. Segundo a Assembleia, até abril ele contribuía com 28% do valor do salário de um deputado estadual (atualmente em R$ 32 mil), o que representava R$ 9.924,78 ao mês.
A assessoria do senador disse que ele não irá comentar o assunto. Informou também que Cid não tem outro benefício, já que uma lei estadual acabou com as aposentadorias vitalícias para ex-governadores na década de 90. Cid foi governador por dois mandatos (2007/2010 e 2011/2014).
Irmão do ex-governador e ex-presidenciável Ciro Gomes, Cid também foi ministro da Educação do governo Dilma. É dele a indicação do ex-governador Camilo Santana (PT) para ministro da Educação do atual governo do presidente Lula. Ciro Gomes também teria direito ao benefício, mas optou por não requisitar.
