O prefeito de Bento Gonçalves (RS), Diogo Segabinazzi Siqueira, informou na tarde desta quinta-feira 2 que a barragem 14 de Julho, no interior do Rio Grande do Sul, se rompeu parcialmente em decorrência das fortes chuvas que atingem diversas cidades.

A expectativa é que o rio suba de 2 a 4 metros a partir do colapso da barragem, localizada entre Cotiporã e Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha.

“A informação que a gente precisa passar para todos os moradores que vivem às margens do Rio das Antas e Rio do Taquari é sair o mais rápido possível desse local”, disse o prefeito. “Essa é a tendência que aconteça nos próximos minutos e nas próximas horas nos municípios mais abaixo, lá no Taquari”.

A informação também foi divulgada pelo governador Eduardo Leite (PSDB). “Nós recebemos, há pouco tempo, a informação do rompimento da ombreira direita da barragem 14 de Julho. O efeito não vai ser de uma devastação, enxurrada, mas vai ter o curso livre do Rio Taquari.”

Houve uma ordem de evacuação das casas próximas ao local desde que o risco iminente de colapso foi detectado pela Companhia Energética do Rio Antas, a Ceran.

“O Plano de Ação de Emergência foi colocado em prática no dia 1 de maio, às 13h50, em coordenação com as Defesas Civis da região, com acionamento de sirenes de evacuação da área, para que a população local pudesse ser retirada com antecedência e em segurança”, diz o comunicado.

Gisele Caumo, prefeita de Santa Tereza – vizinha à barragem -, também fez um apelo para que moradores deixem o local. “A barragem 14 de Julho foi rompida. Por favor, estou pedindo, se tiver ainda alguém em Santa Tereza que está em área de risco, por favor, se desloque para os municípios vizinhos ou venha aqui para o salão da comunidade da Linha Graciema Baixa”.

Além da barragem 14 de julho, estão em estado de atenção as barragens de Monte Claro, na divisa de Bento Gonçalves e Veranópolis; a de Castro Alves, em Nova Roma do Sul, na divisa com Nova Pádua; e a de Complexo Dal Bó, em Caxias do Sul.