O governo do Piauí adquiriu, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), o mais avançado equipamento de diagnóstico de doenças microbianas do mundo, o Maldi-Tof. O equipamento já está no Laboratório Central de Saúde Pública do Piauí (LACEN), que se tornará referência em diagnóstico microbiológico.
O novo equipamento, que custou R$ 2,5 milhões, vai proporcionar resultados mais rápidos e precisos de exames. O espectrômetro de massa (Maldi-Tof) é uma tecnologia que utiliza ionização para diagnosticar as proteínas de uma bactéria. O processo leva apenas 60 segundos.
O Maldi-Tof detalha com precisão a formação proteica de uma célula bacteriana. Ele é amplamente aplicado em áreas da pesquisa científica e da medicina, incluindo microbiologia. Com a tecnologia, o Lacen terá condições de diagnosticar, por exemplo, casos de tuberculose de forma mais rápida, além de auxiliar na identificação de outras bactérias patogênicas e fungos. O equipamento já foi instalado e calibrado. Além disso, a equipe do Lacen passará por capacitação para a utilização do Maldi-Tof.
O diretor do Lacen, Fabrício Amaral, destaca que o Maldi-Tof acelera significativamente o processo de identificação de bactérias e outros microrganismos, trazendo benefícios para todo o trabalho, envolvendo a amostra analisada. “Em laboratórios de microbiologia, a identificação precisa e rápida de patógenos é crucial para o início imediato do tratamento adequado. A identificação em minutos otimiza a capacidade do corpo clínico nas intervenções a pacientes com infecções graves”, explica o diretor.
Além da identificação, o Maldi-Tof pode ser utilizado para avaliar a resistência de microrganismos aos antibióticos. Outro ganho gerado pelo novo equipamento é uma maior eficiência para responder a surtos de doenças infecciosas, uma vez que o patógeno será identificado mais rapidamente.
“A implementação do Maldi-Tof traz benefícios substanciais para a saúde pública, especialmente no que diz respeito ao diagnóstico rápido e preciso de doenças infecciosas, como a tuberculose, contribuindo para a eficácia dos tratamentos e o controle de surtos. Além disso, a capacidade de processar um grande número de amostras em um curto período de tempo, otimiza os recursos e melhora a capacidade de lidar com uma carga de trabalho mais elevada”, disse o superintendente de média e alta complexidade da Sesapi, Dirceu Campêlo.
Para a superintendente de Atenção aos Municípios, Leila Santos, o novo equipamento vai reduzir gastos na realização de exames. “O equipamento vai aumentar a produtividade e rapidez nas emissões dos laudos, além de reduzir os gastos com exame de microbiologia em 60%”, declarou.