A Força Aérea Brasileira (FAB) interceptou, na manhã desta terça-feira, 9, nas proximidades de Londrina, Paraná, uma aeronave que vinha do Paraguai. O piloto, que transportava pasta base de cocaína, foi preso pela Polícia Federal (PF).
A aeronave foi avistada na região da fronteira entre o Paraguai e o Brasil, próximo a Mato Grosso do Sul. Por não possuir um plano de voo aprovado para ingressar no espaço aéreo brasileiro, duas aeronaves da FAB, com o apoio da PF, passaram a monitorar o avião suspeito.
Durante a operação, os agentes do Comando de Operações Aeroespaciais identificaram que a matrícula da aeronave estava clonada, ainda enquanto ela estava em voo.
A FAB e a PF, então, ordenaram que o piloto da aeronave suspeita pousasse em Londrina (PR). No entanto, ele desobedeceu à ordem e acabou realizando um pouso forçado em uma pista de terra próxima a Santa Cruz do Rio Prado, no Estado de São Paulo.
A Operação Ostium, realizada em cooperação entre a Força Aérea Brasileira e órgãos de segurança pública, tem como objetivo reprimir atividades ilícitas no espaço aéreo brasileiro.
Paraguai como rota para o tráfico de drogas
O Paraguai se tornou uma rota importante no tráfico de drogas com o Brasil, inclusive com a presença e atuação do Primeiro Comando da Capital (PCC). Nos últimos anos, o PCC expandiu suas operações internacionalmente e consolidou seu domínio em diversas regiões da América Latina, incluindo o Paraguai.
No Paraguai, o grupo encontrou um papel estratégico em seu plano de expansão, se beneficiando do acesso a armas e maconha. Além disso, o país serve como rota para a cocaína adquirida na Bolívia, que é posteriormente encaminhada para a Europa por meio dos portos brasileiros.
Cabe ressaltar que ambos os países vêm trabalhando em conjunto para desmantelar o crime organizado. Na última quinta-feira, 4, vinte e cinco brasileiros que estavam presos em território paraguaio, e também procurados pela Justiça do Brasil, foram expulsos e entregues à PF. Dezesseis deles foram entregues em Foz do Iguaçu (PR) e nove em Ponta Porã (MS). O grupo inclui integrantes de facções criminosas como PCC e o Comando Vermelho.