O Vasco demitiu nesta quinta-feira (21) Alexandre Mattos. O diretor esportivo já foi comunicado pela SAF e deixa o clube 100 dias depois de chegar ao Rio de Janeiro.
Nesta semana vazaram prints de uma conversa do diretor com um jornalista em que ele explicava parte do processo de contratações da SAF. Depois de alguns embates nos últimos meses, Mattos vinha adotando externamente um discurso pacificador em relação à 777.
Em breve contato com a reportagem, Mattos alegou incompatibilidade de ideias.
No início de fevereiro, uma entrevista do diretor durante a apresentação de quatro jogadores causou mal-estar dentro do Vasco. Mattos citou vetos constantes da 777 Partners a nomes de potenciais reforços sugeridos por ele, disse que gostaria de ser mais agressivo no mercado e não escondeu o incômodo com a demora no processo interno de contratações.
Os reforços contratados por Mattos foram: o goleiro Keiller, os zagueiros João Victor e Rojas, o lateral-esquerdo Victor Luis, os volantes Sforza e Galdames e os atacantes Adson, David e Clayton Silva
Quebra de confiança
O CEO da SAF do Vasco, Lúcio Barbosa, explicou a saída do dirigente. Em entrevista na tarde desta quinta-feira, em um hotel na Barra da Tijuca, o executivo comentou a decisão e citou, em mais de uma oportunidade, a “quebra de confiança” entre eles.
“Gostaria de agradecer e comunciar o desligamento de Alexandre Mattos, um dos maiores diretores do Brasil. Houve uma quebra de confiança. Sem confiança não conseguimos seguir com trabalho. Não vou entrar em detalhes, mas o principal foi a quebra de confiança. É claro que dentro disso existem vários sub-motivos. Mas não vamos entrar em detalhes por respeito ao Mattos, ao nosso compliance e ao nosso jurídico”, disse Lúcio.
Lúcio também foi questionado em relação à autonomia do diretor de futebol para realizar contratações e sobre o silêncio de executivos da 777 sobre o momento do Vasco.
“Acho que essa é mais uma prova da autonomia (outros membros da 777 não se pronunciarem). A gente tem a responsabilidade, como diretores, cada um com sua área, eu como CEO tenho responsabilidade no Vasco como um todo. Mas acho que isso prova, mais uma vez, que temos autonomia para trabalhar e que somos cobrados também, todos os dias, por vários assuntos diferentes de cada área. E que temos que dar resultado”, completa.
Da Redação