O Governo do Piauí prorrogou por mais 180 dias a vigência do Decreto nº 22.256, de 26 de julho de 2023, que declara Estado de Emergência Zoossanitária em todo território piauiense, para fins de prevenção da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP-H5N1). O Piauí não possui registro da doença e a medida reforça as ações continuadas do trabalho de vigilância ativa e passiva realizadas pela Agência de Defesa Agropecuária (Adapi).
“Há a necessidade de continuidade desse trabalho de vigilância ativa e passiva para a doença de influenza aviária de alta patogenicidade, visto que ainda existem notificações dentro do nosso país e nós precisamos estar atentos quanto à introdução dessa doença, para evitar que ela chegue ao nosso estado”, afirma Cecília Guimarães, coordenadora do Programa Estadual de Vigilância Epidemiológica.
A coordenadora ainda explica que o decreto facilita a realização do trabalho executado pela equipe técnica da Adapi para proteger o plantel avícola do estado.
“A prorrogação do decreto é mais um aliado ao nosso trabalho. Tivemos a celebração de um convênio com o Ministério da Agricultura, para a aquisição de materiais e equipamentos, exatamente por termos esse decreto vigente. E nos tranquiliza saber que no ano de 2024, se tivermos notificação de ocorrência em aves, estaremos prontos para fazer o atendimento dessas ocorrências”, explica.
O Piauí teve o primeiro decreto de emergência zoossanitário publicado em 26 de julho de 2023 para acompanhar a Portaria do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), de nº 587, de 22 de maio de 2023, que destacava a adoção da medida em todo o território nacional. Em seguida, o Mapa estendeu o prazo por mais 180 dias e o Estado seguiu a decisão e prorrogou pelo mesmo período, por entender que há a necessidade de cuidados para a prevenção da doença.
“É importante ressaltar, que desde o primeiro foco confirmado no país, aqui na Agência de Defesa, nós tivemos quatro notificações de doenças em aves, dessas quatro, realizamos a coleta de amostra e análise de material em três, e não tivemos o diagnóstico de influenza aviária dentro do nosso estado. Então, nós permanecemos livre de influenza aviária de alta patogenocidade, entretanto, temos que seguir vigilantes para que continuemos com esse controle”, reitera a profissional.
Influenza Aviária no Brasil
Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Espírito Santo, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Bahia, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, são os estados onde foram registrados focos da doença, contabilizando um total de 151 focos em todo o Brasil.
Recomendações
A Sada por meio da Adapi orienta aos produtores e à população em geral que, caso verifique qualquer ave com sintoma neurológico (com dificuldade de voo e incoordenação motora) ou respiratório (edema na cabeça, espirros e tosses), que não se deve tocar ou fazer coleta de amostra. Notifique a Secretaria da Assistência Técnica e Defesa Agropecuária e a Agência de Defesa Agropecuária para que um profissional devidamente treinado possa fazer a coleta de amostra e a investigação da ocorrência.
Medidas de biossegurança e de boas práticas de produção também são importantes, como: o uso de telas de proteção para evitar a entrada de aves silvestres na criação. Em granjas, os produtores devem estar atentos ao controle da entrada de pessoas, realizar a desinfecção de veículos, orientar os funcionários para que realizem a troca de roupa no início e final do expediente e que todos sejam preparados para a pronta notificação em caso de identificação de qualquer ave com sintoma neurológico ou respiratório.
Em caso de suspeita, população poderá entrar em contato através dos seguintes canais:
WhatsApp: (86)99462-1644
Site: http://www.adapi.pi.gov.br/contato.php
Telefone: 2222-1710
E-mail: [email protected] / [email protected]
Ou presencialmente em uma das unidades de atendimento da Sada/Adapi.
DECRETO PRORROGAÇÃO DA EMERGÊNCIA ZOOSSANITÁRIA IAAP
Com informações da CCom