A Polícia Federal e o Ministério Público Estadual apreenderam R$ 148 mil e duas armas, na manhã desta segunda-feira (18), durante as buscas na casa da deputada estadual Lucinha (PSD), no Rio de Janeiro.
Os agentes também recolheram pen drives, notebooks e documentos, além de um computador do gabinete da parlamentar.
Lucinha é investigada por um suposto envolvimento com a milícia que atua na zona oeste da capital. Ela foi encaminhada para a Superintendência da PF, na região central, para prestar depoimento, acompanhada de um advogado.
A Operação Batismo contou com 40 policiais federais. Eles cumpriram oito mandados de busca e apreensão em Campo Grande, Santa Cruz e Inhoaíba, na zona oeste.
O TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro) determinou que a parlamentar seja afastada imediatamente das funções legislativas.
A ação de hoje foi um desdobramento da Operação Dinastia, deflagrada em 2022, para prender integrantes da milícia de Luís Antônio Braga, o Zinho, um dos criminosos mais procurados do estado.
De acordo com as investigações da PF, Lucinha e sua assessora se articulavam politicamente, em órgãos públicos, para atender aos interesses da milícia.
O setor de inteligência verificou, ainda, que a parlamentar era chamada de “madrinha” pelos líderes do grupo criminoso.
Em outubro deste ano, Lucinha foi sequestrada e levada para a comunidade Villa Kennedy, na zona oeste. Ela foi liberada no mesmo dia.
Procurada por meio da assessoria, a parlamentar ainda não se pronunciou. O espaço está aberto para manifestação.