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Porto Piauí: Terminal Pesqueiro vai impactar o trabalho de 30% da população de Luís Correia

O Terminal Pesqueiro de Luís Correia – que consiste na primeira etapa do Porto Piauí – vai impactar diretamente a vida de 30% da população do município. Segundo a Investe Piauí, três em cada dez habitantes do município são envolvidos com a atividade de pesca. Existem atualmente 8.335 cadastrados na Secretaria de Pesca de Luís Correia.

 

O primeiro benefício que o terminal trará na vida dos pescadores é econômico, pois as indústrias de pescados que serão instaladas junto ao terminal vão comprar a produção dos pescadores por um valor maior.

Atualmente, os pescadores vendem seus produtos a atravessadores por um preço muito baixo, o que não dá retorno financeiro suficiente. É o caso do pescador Areolindo Falcão, que tem 30 anos de profissão. “A gente vende o peixe de segunda a R$ 4 o quilo, e a pescada amarela a R$ 22. É muito barato, praticamente só pegamos o dinheiro para comer”, afirma Falcão.

Felipe Sousa, assessor da Investe Piauí, explica que, além de permitir o acesso direto dos pescadores às indústrias, o Terminal Pesqueiro vai oferecer melhor qualidade de fornecimento de gelo, combustível e suprimentos para suas operações, o que significa uma pesca mais segura e eficiente. “O terminal proporcionará uma estrutura mais adequada do que as condições atuais”, diz Sousa.

Além disso, o Terminal Pesqueiro vai gerar muitos empregos, pois precisará de mão de obra para beneficiar o pescado. É comum as empresas contratarem as esposas dos pescadores. Isso irá gerar um impacto econômico forte na população local.

Outra vantagem do terminal é que vai gerar impostos para o Piauí. “Atualmente, uma parte significativa da produção vai para o Ceará, devido à infraestrutura existente lá. O terminal permitirá que o Piauí retenha mais dessa riqueza, evitando a perda de impostos e contribuindo para a economia local”, explica Felipe Sousa.

Areolindo Falcão, pescador

Além disso, o Governo do Estado vai promover cursos de capacitação aos pescadores, de forma que melhorem a produtividade e obtenham certificados, entregando um produto de qualidade, superior ao mercado, obedecendo às regras sanitárias.

Na cidade, as principais organizações sociais que representam a categoria são a Colônia de Pesca (Z1), Sindicato dos Pescadores Artesanais e Profissional (SINDPELC), e a Associação dos Armadores de Pesca do Estado do Piauí (AAPESPI).

Fonte: CCom

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