A área de mina em Maceíó registrou nesta madrugada (2) um novo abalo sísmico a uma profundidade de 300 metros. Segundo a Defesa Civil Municipal, esse evento foi um pouco mais forte, de magnitude 0,89. Não há relatos de que o tremor tenha sido sentido pela população.
Apesar do tremor, a velocidade da movimentação do solo caiu, passando de 1 cm/hora para 0,7 cm/hora. Desde que o monitoramento da mina começou, no dia 28 de novembro, houve um afundamento de 1,56 cm no local.
Das 35 minas que a Braskem mantinha na região para extração de sal-gema, minério utilizado na fabricação de soda cáustica e PVC, a mais instável é a de número 18, que pode afetar outras duas minas vizinhas quando o colapso acontecer.
A Defesa Civil afirma que permanece em alerta máximo porque ainda é iminente o risco na região do antigo campo do CSA, no bairro do Mutange. Por precaução, está mantida a recomendação para que a população evite transitar na área desocupada até uma nova atualização.
O bairro do Mutange já havia sido completamente evacuado desde que o problema começou. Nos bairros vizinhos também houve evacuação, mas não completamente. Algumas dezenas de famílias ainda permaneciam no Bom Parto, Bebedouro e Pinheiro. Mas a possibilidade do desastre fez muita gente sair voluntariamente e até um hospital transferiu todos os seus pacientes.
A Braskem, empresa responsável pela mineração, informou que continua monitorando a situação da mina 18 e que “continua tomando todas as medidas cabíveis para minimização do impacto de possíveis ocorrências” e segue colaborando com as autoridades competentes.
Fonte: Globo.com