A Secretaria da Assistência Técnica e Defesa Agropecuária (Sada) e a Agência de Defesa Agropecuária (Adapi), informam que o besouro que tem atacado as lavouras de caju no município de Pio IX, no sul do Piauí, foi identificado. Trata-se do Liogenys pilosipennis Moser. A Identificação foi realizada a partir de amostras coletadas em lavouras da região e encaminhadas para o setor de entomologia da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), que foram analisadas pelo Dr. Paschoal Coelho Grossi, professor adjunto do Departamento de Agronomia da UFRPE.
“Inicialmente o inseto foi identificado como sendo do gênero Liogenys devido às características morfológicas do gênero e comparação com a coleção de referência da UFRPE, CERPE e, após o estudo mais minucioso do material, através de dissecções e montagem padrão para este grupo de besouros, consultamos as referências bibliográficas atuais e disponíveis, onde o principal trabalho consultado foi o de Cherman & Almeida (2015) o que levou, após as comparações e análises das características, na identificação da espécie em questão como sendo Liogenys pilosipennis Moser”, diz trecho da nota técnica.
O resultado servirá como base para a execução do plano de controle da praga que está desenvolvido pela Secretaria e contará com ações de defesa vegetal e assistência técnica. Nesse primeiro momento, a Sada e a Adapi reforçam a orientação aos agricultores e produtores da região que não façam o uso de agrotóxicos para o controle da praga.
“Entendemos que essa questão gerou um prejuízo muito grande para os produtores, mas seguimos com as nossas recomendações, já que com a identificação foi constatado que não há produtos químicos recomendados para o controle do besouro. Como avaliado por nossos técnicos anteriormente, as armadilhas luminosas é a única alternativa viável e legal para controle dessa praga, já que foi constatado que estes insetos são atraídos pela luz. Vamos lançar um processo de aquisição dessas armadilhas de forma emergencial e, posteriormente, iremos realizar as oficinas de capacitações para o agricultor voltadas para o manejo dessa armadilha para captura dos insetos”, explica o secretário Fábio Abreu.
Leia a nota técnica na íntegra
A Secretaria da Assistência Técnica e Defesa Agropecuária (Sada), através da Agência de Defesa Agropecuária (Adapi), vem informar que coletou e enviou para identificação, por taxonomista da Universidade Federal Rural de Pernambuco, espécimes do inseto que está atacando plantações de caju e outras plantas no município de Pio IX, cidade localizada na região sul do estado.
Os espécimes foram identificados pelo Dr. Paschoal Coelho Grossi, professor adjunto do Departamento de Agronomia da UFRPE, profissional com experiência na área de Biologia, com ênfase em Taxonomia dos grupos recentes, atuando principalmente nos seguintes temas: Entomologia, Insecta, Coleoptera, Scarabaeoidea, Lucanidae, Dynastinae, Rutelinae, Melolonthinae, Scarabaeinae, Ochodaeidae, incluindo as suas formas imaturas através de coletas e/ou criações em laboratório.
Inicialmente o inseto foi identificado como sendo do gênero Liogenys devido às características morfológicas do gênero e comparação com a coleção de referência da UFRPE, CERPE e, após o estudo mais minucioso do material, através de dissecções e montagem padrão para este grupo de besouros, consultamos as referências bibliográficas atuais e disponíveis, onde o principal trabalho consultado foi o de Cherman & Almeida (2015) o que levou, após as comparações e análises das características, na identificação da espécie em questão como sendo Liogenys pilosipennis Moser.
Este está sendo o primeiro registro da espécie atacando o cajueiro, bem como outras espécies frutíferas e não frutíferas, não havendo assim produtos químicos recomendados para o seu controle, sendo a única alternativa viável e legal para controle a coleta massal através de armadilhas luminosas a fim de reduzir as populações locais desta espécie.
A Adapi, Sada, Embrapa Meio Norte e Superintendência Federal Agricultura e Pecuária (SFA/PI) continuam em busca de outras soluções, estudos e maneiras de controle e assistência técnica para os produtores da região afetada, bem como traçando estratégias para monitoramento do seu comportamento nas demais regiões produtoras de caju e polos frutíferos do Estado.
Pedimos que ao menor sinal de aparecimento dessa ou de qualquer outra praga exótica ou já de conhecimento, mas com descontrole populacional aparente, procurar um dos escritórios da Sada/Adapi o mais rápido possível para a tomada das medidas necessárias.
Fonte Ascom
