As Forças de Defesa de Israel voltaram a escalar a ameaça sobre uma iminente invasão da Faixa de Gaza. Panfletos foram lançados sob a Cidade de Gaza, a mais populosa da região, neste sábado (28), afirmando que a área é agora “um campo de batalha”.
“Os abrigos no norte de Gaza e na Cidade de Gaza não são seguros”, diz o Exército no material despejado por aviões de combate. Os militares instam moradores a “esvaziarem imediatamente” toda a região e se deslocarem em direção ao sul da faixa, que faz fronteira com o Egito.
A ação ocorre pouco após Daniel Hagari, porta-voz dos militares, voltar a fazer um ultimato para que a população deixe o norte. Em vídeo publicado nas redes sociais durante a tarde (manhã em Brasília), ele disse que civis devem partir para o sul “imediatamente”. “Não é mera precaução, é uma recomendação urgente para a proteção dos civis.”
Os avisos ocorrem em meio a uma ação terrestre no norte de Gaza ao longo deste sábado (28), realizada pelo terceiro dia consecutivo. O território palestino segue sob um blecaute que impede a comunicação de residentes e organizações humanitárias com o exterior.
O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, disse que o conflito “passou para uma nova fase” após Tel Aviv afirmar ter bombardeado ao menos 150 alvos subterrâneos do grupo terrorista Hamas.
“Bombardeamos acima e abaixo do solo, atacamos agentes terroristas de todas as categorias, em todos os lugares”, disse o ministro em um comunicado enviado ao Times of Israel. “E o comando para nossas forças é claro: a operação continuará até uma nova ordem.”
O chefe do Estado-Maior, tenente-general Herzi Halevi, argumentou que a ação por terra é a única saída para desmantelar o Hamas e recuperar os cerca de 200 reféns israelenses e estrangeiros mantidos pela facção. “Os objetivos da guerra exigem a entrada por terra. Não há conquistas sem riscos, e não há vitória sem que se paguem preços.”
Fonte: Folhapress