O grupo terrorista Hamas negou nesta quarta-feira ter decapitado bebês em um kibutz em Kfar Aza durante o ataque-surpresa lançado contra Israel no sábado passado (7). “Afirmamos que as acusações propagadas por alguns meios de comunicação são falsas, incluindo a alegação de matar e decapitar crianças”, disse o Hamas em um comunicado.
O grupo terrorista disse ainda que seus integrantes atacaram apenas “o aparato militar e de segurança [israelense]”, o que não é verdade: centenas de civis, como os brasileiros-israelenses Ranani Glazer e Bruna Valeanu, foram mortos durante o ataque ao festival Universo Paralello, em Re’im, a 40 quilômetros da Faixa de Gaza.
As declarações foram divulgadas depois de o Exército israelense ter denunciado que os milicianos tinham assassinado “mulheres, crianças, bebês e idosos, que foram brutalmente massacrados à maneira do Estado Islâmico” durante o ataque ao kibutz de Kfar Aza.
Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel afirmou ontem à Agência EFE que entre os corpos encontrados nessa comunidade de 750 habitantes havia “cerca de 40 crianças, incluindo bebês”.
Os militares israelenses organizaram ontem uma visita de jornalistas estrangeiros ao kibutz, durante a qual os soldados disseram a alguns jornalistas que os milicianos mataram dezenas de residentes e que alguns foram decapitados. No entanto, o porta-voz do Exército não confirmou oficialmente que houve vítimas decapitadas.
Fontes médicas disseram à EFE que encontraram corpos queimados e um paramédico israelense relatou que, depois de o Exército ter repelido os milicianos e ter recuperado o controle de uma comunidade próxima, o kibutz Beeri, foram encontradas pilhas de corpos queimados, dezenas de corpos mutilados e vários cadáveres de mulheres estupradas.