A greve dos funcionários do Metrô, da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) encerraram na terça-feira (3). As nove linhas afetadas pela paralisação vão voltar a funcionar normalmente na quarta-feira (4).
A decisão foi tomada em assembleia, finalizada às 21h, após um dia em que a população enfrentou ônibus cheios e muito trânsito para se deslocar.
Na assembleia, os metroviários avaliaram três propostas:
- prorrogação da greve para amanhã;
- encerramento da paralisação hoje e retomada na próxima segunda-feira;
- suspensão da greve nesta terça e retomada na próxima terça-feira.
Segundo a diretoria do Sindicato dos Metroviários, 2.952 pessoas participaram da votação, sendo 79% (2.331) a favor do encerramento da greve hoje e 39% (1.621) pela não realização de nova paralisação ou assembleia.
No início da reunião, a presidente do Sindicato dos Metroviários, Camila Lisboa, parabenizou a adesão de 100% dos trabalhadores à greve.
Motivo da paralisação
Os trabalhadores protestam contra os processos de privatização e terceirização do Metrô, da CPTM e da Sabesp, além de reivindicarem a realização de um plebiscito para consultar a população sobre a concessão dessas empresas públicas.
O que diz o governo?
Na manhã desta terça-feira, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirmou, em coletiva de imprensa, que estuda a possibilidade de privatização no setor de transportes e saneamento básico. O político ainda disse que a população será futuramente ouvida sobre o tema.
A gestão de Tarcísio classificou a paralisação como ilegal e abusiva e disse que ela é feita com objetivos políticos. “É absolutamente injustificável que um instrumento constitucional de defesa dos trabalhadores seja sequestrado por sindicatos para ataques políticos e ideológicos à atual gestão”, declarou, em comunicado oficial.
Multa
O Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região determinou a multa de R$ 500 mil para cada um dos três sindicatos ferroviários da CPTM. Segundo o órgão, os sindicalistas descumpriram a decisão do desembargador Celso Ricardo Peel Furtado de Oliveira.
O magistrado havia determinado a manutenção de 100% dos serviços nos horários de pico (das 6h às 9h e das 16h às 19h) e 80% nos demais horários.