Quatro pessoas morreram em consequência do ciclone extratropical que atinge o Sul e o Sudeste do Brasil desde a última terça-feira (11). Dezenas ficaram feridas, 234 estão desabrigadas e 331 ficaram desalojadas por causa da ventania.
Um idoso morreu após sua casa ser atingida por uma árvore em Rio Grande (RS) na quinta-feira (13). O Rio Grande do Sul é um dos estados mais afetados pelo ciclone.
Em Santa Catarina, um homem de 40 anos morreu após ser atingido por uma árvore em Brusque, no Vale do Itajaí. Segundo os Bombeiros, ele fazia a manutenção de uma rede telefônica por volta das 12h10 de ontem quando foi atingido pela árvore e, em seguida, caiu de uma altura de 3 metros.
Uma mulher morreu atingida por um tronco de árvore em São José dos Campos, no interior de São Paulo.
E uma outra vítima foi eletrocutada em Itanhaém, no litoral de SP, após fios elétricos serem derrubados pela queda de galhos.
Ciclone afeta milhares de pessoas no Sul
A Defesa Civil do Rio Grande do Sul informou que ao menos 406 pessoas ficaram desalojadas e outras 261 ficaram desabrigadas. O órgão estima que 17.641 pessoas foram afetadas pelo ciclone.
Uma pessoa desalojada precisa deixar sua casa. Quem está desabrigado, além de ter perdido ou ser obrigado a sair de casa, precisa recorrer a abrigos providos pelo governo.
No Rio Grande do Sul, 29 pessoas ficaram feridas por conta dos efeitos do ciclone. Em Santa Catarina, duas mulheres foram pisoteadas após a parede de uma empresa ser derrubada pelo vento.
A ventania também deixou mais de um milhão de pessoas sem energia elétrica no RS, segundo a Folha de S.Paulo. Em comunicado na tarde de ontem, a Equatorial Energia, responsável por parte do fornecimento no estado, afirmou que 695 mil clientes estavam sem energia.
De acordo com a Metsul Meteorologia, as rajadas de vento mais fortes aconteceram em Siderópolis, Santa Catarina, onde chegaram a 157 km/h, e em São Francisco de Paula, Rio Grande do Sul, onde atingiram 151 km/h.
Portos, aeroportos e estradas
O ciclone impactou ainda o funcionamento de portos e aeroportos no Sul e Sudeste do Brasil. O porto de Santos, o maior do país, ficou fechado durante cinco horas na manhã de ontem, e navios ficaram impedidos de entrar ou sair.
No Paraná, os portos de Paranaguá e Antonina reduziram suas operações em função dos ventos, mas continuaram funcionando.
Três voos tiveram que arremeter no Aeroporto de Guarulhos e outros seis no Aeroporto de Congonhas, ambos em São Paulo. Além disso, pelo menos 11 voos foram cancelados.
Algumas estradas foram bloqueadas ou parcialmente interditadas por conta da queda de árvores, excesso de granizo na pista, formação de buracos, enxurradas e risco de deslizamentos.
Na Serra do Rio do Rastro, em Santa Catarina, veículos tiveram que parar e caminhões balançaram devido às rajadas de vento.
Fonte: Folhapress
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