Os ataques criminosos às sedes dos Três Poderes, em Brasília completam seis meses neste sábado (8) com 253 suspeitos de envolvimento aguardando julgamento de dentro de presídios, sendo 186 homens e 67 mulheres. Pessoas já liberadas são monitoradas por tornozeleiras eletrônicas e se comprometeram a se apresentar à Justiça e a não deixar a área territorial de suas respectivas comarcas.
No fim de junho, o STF começou a realizar audiências — com as testemunhas de acusação e de defesa — e os interrogatórios dos réus pelos atos extremistas. As audições ocorrem por videoconferência e são realizadas por quatro juízes que atuam como auxiliares/instrutores no gabinete do ministro Alexandre de Moraes. Elas devem ser finalizadas até 31 de julho.
Para reforçar a estabilidade do Poder Judiciário, da democracia e da Constituição Federal, mesmo após a tentativa de enfraquecimento das instituições, o Supremo promoverá, neste sábado, das 9h às 11h, um tuitaço com a hashtag #DemocraciaInabalada. É mais uma ação para frisar que atos violentos não intimidarão a Justiça, a democracia nem a Constituição Federal.
Nesta semana, o STF começou uma reforma no plenário, que ficou danificado com os atentados. O custo é de R$ 308 mil.
Veja como eram e como ficaram os espaços atacados pelos vândalos:
A Procuradoria-Geral da República denunciou 1.390 pessoas pelos atos que culminaram com a invasão e depredação das sedes dos Três Poderes. Destas, o Supremo já transformou em rés 1.291, ao longo de oito blocos de julgamento.
Em junho, o ministro do STF Alexandre de Moraes disse que a Corte deve julgar, em até seis meses, cerca de 250 réus suspeitos de envolvimento nos atos e que respondem por crimes mais graves.
A Advocacia-Geral da União já foi à Justiça pedir que as pessoas que participaram da invasão e da depredação sejam condenadas a ressarcir os danos causados ao patrimônio público. Os prejuízos estão estimados em R$ 26,2 milhões até o momento.
Em maio, o Congresso Nacional instalou a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar os atos relacionados à invasão e à depredação das sedes dos Três Poderes, o que inclui a apuração sobre quem participou, financiou e incentivou o vandalismo.
Fonte: R7