Com a reforma tributária aprovada em dois turnos na Câmara dos Deputados na última quinta-feira (6), o Centrão parte pra cima do governo Lula e espera que ao longo de julho e até o início de agosto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) faça uma minirreforma ministerial envolvendo três pastas: Turismo, Desenvolvimento e Esportes e da Caixa Econômica Federal.
O partido espera que com essas pastas, serão aprovados em agosto o projeto de lei do Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) que dá mais poder ao governo e a lei complementar que cria o chamado novo marco fiscal.
A ideia é contemplar nomes indicados pelas representações na Câmara de União Brasil, PP e Republicanos, partidos que não se sentem devidamente atendidos dentro do governo e que desejam ter mais poder na administração Lula.
Confira as mudanças desejadas pelo Centrão:
Ministério do Turismo – sai da titular Daniela Carneiro (União Brasil) e deve ficar com a cadeira o deputado federal Celso Sabino (União Brasil-PA);
Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome – sai Wellington Dias (que é senador eleito pelo PT do Piauí e volta a seu cargo no Congresso) e assume o deputado federal André Fufuca (PP-MA), que é do Centrão, mas que em 2022 esteve junto com Flávio Dino (PSB) no processo eleitoral (Dino foi eleito senador, mas no momento é ministro da Justiça de Lula). Fufuca atende ao Centrão, é ligado ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL);
Ministério dos Esportes – sai a ex-jogadora de vôlei Ana Moser (que não tem nenhum apoio partidário) e entra o deputado federal Silvio Costa Filho (Republicanos-PE;
Caixa Econômica Federal – Rita Serrano (funcionária de carreira do banco) deve sair para dar lugar para algum quadro técnico indicado pelo Centrão. O nome já mencionado em Brasília é o do mineiro Gilberto Occhi, que chegou a presidir o banco de 2016 a 2018, durante o governo de Michel Temer (MDB).
Com informações do poder360.com.br