O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) liderou nesta terça-feira (18) reunião no Palácio do Planalto com ministros de estado, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), parlamentares, governadores e secretários de Educação para anunciar um pacote de ações integradas para prevenir violência nas escolas. Haverá um apoio federal de um total de R$ 3 bilhões a serem transferidos para estados e municípios. Não há previsão, entretanto, de recursos novos: a maior parte é de adiamentos de pagamentos previstos.
A reunião foi convocada após ataque a creche de Blumenau que ter terminou com quatro crianças mortas no último dia 5. Na ocasião, um homem pulou o muro da escola e atacou os alunos com uma machadinha. Ele se entregou à Polícia Militar e está preso de forma preventiva.
O governador de Santa Catarina Jorginho Mello (PL) participou do evento e defendeu a convocação de policiais aposentados para atuar em escolas. O prefeito de Blumenau, Mário Hildebrandt, por sua vez, falou em aumentar a pena para crimes como o ataque à creche.
Recursos federais
O governo vai adiantar as transferências de R$ 1,097 bilhão no âmbito do Programa Dinheiro Direito na Escola (PDDE). A segunda parcela seria paga em setembro, mas o dinheiro já cairá neste mês nas contas das escolas.
Também dentro do programa haverá a liberação de R$ 1,8 bilhão relacionados a anos anteriores e que estão parados nas contas das escolas para outras ações. Outros R$ 200 milhões serão direcionados para ações como criação de núcleos psicossociais, municipais, regionais ou estaduais.
As ações foram anunciadas pelo ministro da Educação, Camilo Santana (PT).
— Isso é reflexo de uma situação que vivemos na nossa sociedade, que tem estimulado uma cultura de violência, de ódio e de intolerância — disse o ministro, que ressaltou que a situação se agravou pela questão das plataformas digitais.
Ao longo dos últimos dias, Santana fez reuniões com representantes de secretários de Educação e com outros ministros, como o Justiça e Segurança Pública, de Direitos Humanos e Esportes.
Os encontros foram resultado da criação de um grupo interministerial para tratar o tema na esfera federal.
Fonte: Agência Brasil
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