O Ministro do STF Alexandre de Moraes autorizou hoje (15) que o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), retorne ao cargo, após ser afastado em janeiro.
Na decisão, o ministro diz que os relatórios de análise da Polícia Judiciária não apontam indícios de que Ibaneis estaria tentando dificultar as apurações ou destruindo evidências.
“O momento atual da investigação – após a realização de diversas diligências e laudos – não mais revela a adequação e a necessidade da manutenção da medida, pois não se vislumbra, atualmente, risco de que o retorno à função pública do investigado Ibaneis Rocha Barros Júnior possa comprometer a presente investigação ou resultar na reiteração das infrações penais investigadas”, afirmou Moraes.
A decisão de Moraes seguiu parecer do subprocurador-geral, Carlos Frederico Santos, que defendeu o retorno de Ibaneis ao cargo de governador. Para a PGR, o emedebista não interferiu nas apurações em andamento.
Ibaneis foi afastado do cargo no final da noite do dia 8 de janeiro, após os atos golpistas que culminaram na invasão e depredação das sedes dos três Poderes. Na ocasião, Moraes apontou o descaso e a conivência do então governador com a organização das manifestações, mencionando diretamente o ex-secretário de Segurança Pública Anderson Torres, hoje preso pela PF.
À época, Moraes disse que “o descaso e conivência” de Torres “com qualquer planejamento que garantisse a segurança e a ordem” no Distrito Federal “só não foi mais acintoso do que a conduta dolosamente omissiva do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha”.
Desde o afastamento de Ibaneis, o Distrito Federal passou a ser comandando interinamente pela vice-governadora, Celina Leão (PP).