A Rússia retomou os bombardeios em larga escala contra a Ucrânia nesta quinta-feira, os ataques mais intensos em várias semanas, que mataram pelo menos 11 pessoas, deixaram 22 feridos e provocaram cortes de energia elétrica em várias províncias. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, denunciou as “táticas miseráveis” de Moscou, após os ataques que atingiram 10 das 27 regiões do país, incluindo a capital Kiev.
Após os ataques, o ministério da Defesa da Rússia confirmou que disparou mísseis hipersônicos para realizar um “ataque massivo de retaliação”, em “represália” a uma recente incursão em seu território, na semana passada, que o Kremlim atribuiu a “sabotadores” ucranianos. Em comunicado, o ministério disse que seus mísseis atingiram a “infraestrutura militar ucraniana, fábricas militares e instalações de energia que os sustentam”.
O Exército ucraniano, por saua vez, afirmou que a defesa antiaérea derrubou 34 dos 81 mísseis lançados pelas tropas russas. O alvo principal são as instalações de infraestrutura e já falta eletricidade e água para parte da população. A usina nuclear de Zaporíjia está sem energia, segundo as autoridades ucranianas.
Desde outubro, após várias derrotas militares na frente de batalha, a Rússia ataca instalações cruciais da Ucrânia com mísseis e drones, o que provoca cortes no abastecimento para milhões de pessoas, que ficaram sem calefação no inverno glacial.
Em fevereiro, quando a invasão russa completou um ano, Moscou executou um grande ataque com dezenas de mísseis contra centrais de geração de energia que deixaram a Ucrânia sem parte importante do fornecimento de energia elétrica.
Nas últimas semanas, no entanto, os ataques foram menos intensos e estavam concentrados em Bakhmut, cidade do Leste ucraniano que se tornou uma das batalhas mais violentas e prolongadas do conflito. Mas na madrugada desta quinta-feira, as autoridades ucranianas anunciaram ataques em regiões também no Sul e Oeste do país, além da capital, Kiev.
Fonte: globo.com
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