O ex-governador do Amazonas Amazonino Mendes morreu neste domingo (12) em São Paulo, aos 83 anos. Ele estava internado no Hospital Sírio-Libanês desde de dezembro para tratar um quadro de diverticulite aguda (inflamação no intestino grosso) e broncopneumonia.
O ex-governador era acompanhado pelos médicos Raul Cutaiti, Paulo Ayrosa Galvão e David Uip. De acordo com boletim médico divulgado em novembro, o quadro de saúde dele era estável.
“Foi uma vida vitoriosa dedicada com muito amor à família e ao povo do Amazonas. Amazonino deixa um Legado incomparável, como homem e político. Lutou bravamente como poucos, mas agora descansa em paz!” Post em página no Facebook do ex-governador
O governo do Amazonas decretou luto por sete dias. Em publicação no Facebook, o governador Wilson Lima disse que Amazonino foi “um dos maiores líderes políticos da história do Amazonas”.
“Ele nasceu predestinado a amar essa terra, trazendo o Amazonas no nome e no coração. A imagem do homem alegre, carismático, que abraçava e acolhia, vai ficar pra sempre na memória do povo amazonense.”
Nas redes sociais, o presidente Lula (PT) também fez publicação para lamentar a morte do ex-governador.
“Amazonino Mendes tinha gosto e vocação política, governando o estado do Amazonas quatro vezes, representando-o no Senado, e sendo também prefeito três vezes de Manaus.”
Tenho orgulho e fiquei muito agradecido quando recebi seu apoio no segundo turno de 2022, em um video onde defendia uma visão moderna de desenvolvimento para a região norte do Brasil.
— Lula (@LulaOficial) February 12, 2023
Amazonino foi candidato ao governo do Amazonas no ano passado. Filiado ao Cidadania, ele tentou voltar ao comando do Palácio do Rio Negro para mais um mandato, mas acabou não sendo eleito. Ele recebeu 18,56% dos votos (355.377).
Nascido na cidade de Eirunepé, em 1939, Amazonino teve extensa carreira na política:
- foi prefeito de Manaus entre 1983 e 1986;
- foi governador do Amazonas entre 1987 e 1990;
- em 1990 foi eleito senador, mas deixou o mandato após ser eleito prefeito;
- assumiu novamente a Prefeitura de Manaus entre 1993 e 1994;
- deixou a gestão municipal para assumir de novo o governo estadual, entre 1995 e 1998;
- se reelegeu para mais um mandato no Amazonas, entre 1999 e 2002;
- em 2008, foi eleito para a Prefeitura de Manaus por mais quatro anos;
- foi novamente governador do Amazonas, entre 2017 e 2019, após eleições suplementares no estado;
Um dos maiores feitos da Amazonino foi a criação da UEA (Universidade do Estado do Amazonas), na década de 90.