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Educação básica do Piauí fica entre os 10 melhores Ideb do país no Ensino Médio

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), ligado ao Ministério da Educação (Mec),  divulgou, nesta sexta-feira (16.09), os dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), principal indicador de qualidade do ensino no Brasil. De acordo com o levantamento, mesmo durante a pandemia, a Rede Estadual do Piauí avançou na qualidade do ensino ofertado em todas as etapas da Educação Básica e ficou entre os 10 melhores IDEBs do país no Ensino Médio.

Mais uma vez, o levantamento apontou avanço nos índices registrados no Ensino Médio, saindo de 3,7, em 2019, para 4,0, em 2021, ficando entre os nove melhores junto com Paraná, Goiás, São Paulo, Ceará, Espírito Santo, Pernambuco, Tocantins e Rio Grande do Sul. “Saímos da 14° posição para a 9° posição no raking educacional do IDEB. Vale destacar que o Ensino Médio segue em crescimento contínuo, dando grandes saltos desde 2015, quando registrou 3,2, e, em 2017, com 3,3.

O aumento dos índices teve destaque, também, na avaliação do Ensino Fundamental. Na última publicação, referente à 2019, a nota atribuída aos Anos Inicias (1º ao 5º ano), na Rede Estadual do Piauí, foi de 6.0. Agora, o índice saltou para 6,1, superando a meta 4,8 projetada para o ano. Já nos Anos Finais do Ensino Fundamental (6º ao 9º ano), em 2019 as escolas da Rede Estadual ficaram com a média de 4,3 e, agora, passou para 4,9, também, superando a meta de 2021 que era 4,7.

“O Piauí precisa comemorar esse resultado, porque, mesmo enfrentando dois anos atípicos, com aulas remotas, conseguiu avançar tanto no Ensino Fundamental quanto no Ensino Médio. Aproveito para parabenizar todos os profissionais da educação que, durante a pandemia, foram heróis e se reinventaram para que os estudantes da Rede continuassem aprendendo”, destacou o secretário de Estado da Educação, Ellen Gera.

O secretário chamou atenção para os dados da proficiência em Português e Matemática dos estudantes da Rede Estadual. “Quando observamos a nota de aprendizagem dos estudantes do Ensino Médio, nas disciplinas de Português e Matemática, mantivemos, em 2021, a média de 2019, com 260 pontos, em Português, e 256 e 259 pontos, em Matemática. Destaco esses números, porque muitos Institutos estavam prevendo uma regressão de até 10 anos na aprendizagem, mas, aqui no Piauí, isso não aconteceu. Conseguimos manter a média de proficiência e isso significa que as estratégias que adotamos na pandemia deram certo e conseguiram mitigar alguns danos maiores”, avaliou.

Educação durante a pandemia

De acordo com Ellen Gera, é inegável o impacto que a pandemia causou na Educação, entretanto, o Estado adotou medidas para amenizar os prejuízos nas escolas piauienses. Dentre as principais ações, destacam-se os investimentos em tecnologia. “Mesmo antes da pandemia, o Governo do Piauí já apostava na tecnologia para encurtar distancias educacionais. A Mediação Tecnológica, implementada desde 2012, recebeu mais investimentos em 2015. O Canal Educação passou a ser uma ferramenta importante para Rede Estadual. No período de isolamento social, com a necessidade de ficar em casa e com o formato remoto das aulas, o Piauí já possuía uma plataforma estruturada e com experiência em transmissão de videoaulas, diferente de outros estados, que tiveram que correr atrás dessa estrutura. O certo é que dias depois do decreto, orientando que todos ficassem em casa, a Seduc já estava com um Youtube disponível, com transmissão de videoaulas, para os alunos da 3ª série do Ensino Médio e na sequência já organizando a transmissão para todas as Etapas e Modalidades”, lembrou.

Outra medida, adotada pelo Governo, foi a aquisição de chips e tablets para distribuir para os estudantes da Rede Estadual. “Durante o processo de aulas remotas, percebemos que uma das principais dificuldades dos estudantes para acessar as aulas on-line era a conexão. Pensando nisso, o Governo adquiriu e distribuiu 180 mil chips para estudantes matriculados na Rede. Identificamos, também, problemas de cobertura das operadoras em alguns municípios e, principalmente, na zona rural, então resolvemos comprar 10 mil tablets para que os alunos, que continuavam sem acessar as aulas, tivessem acesso aos conteúdos. As escolas baixavam as aulas nos tablets, o estudante levava o equipamento para casa e assistia as aulas de forma offline”, detalhou.

Nos últimos dois anos, os professores tiveram que readaptar os processos de ensino e aprendizagem, e fazer uso de tecnologia para garantir que as aulas remotas acontecessem. Assim, muitas ferramentas digitais e aplicativos foram utilizados, tais como: WhatsApp, Zoom, Youtube, Google Classroom, dentre outras.

Para o secretário de Educação, o resultado do Ideb mostra todo empenho e força do trabalho realizado pelos profissionais da educação. “Aqui, na Seduc, as equipes trabalharam, incansavelmente, para apoiar os professores e diretores escolares com formações e capacitações sobre uso de tecnologia, produzindo normativas para orientar as escolas sobre medidas sanitárias, reorganização do calendário escolar e metodologias pedagógicas que deveriam ser adotadas. Lá na escola, diretores, coordenadores e professores foram verdadeiros heróis para manter o vínculo com o estudante, entregando merenda, gravando aula, indo até a casa do aluno para fornecer material impresso, ligando para saber porque não estavam respondendo atividades, compartilhando internet, ou seja, fazendo de tudo para garantir que eles aprendessem. O Ideb é reflexo desse esforço e da sensibilidade desses profissionais que entenderam que Educação é prioridade e que nenhum estudante poderia ficar para trás”, ressaltou.

Avançar juntos

Com foco na evasão escolar, o programa “Juntos Para Avançar” foi essencial no processo de retorno às aulas presenciais em 2021. “No final de 2020, identificamos um risco de abandono muito forte, por isso, resolvemos tomar algumas medidas para que esse estudante não desistisse de estudar e pudesse recompor seu processo de aprendizagem”, informou

Dentre as estratégias adotadas pelo Programa, estavam: reorganização do período letivo dos anos de 2020 e 2021; avaliação diagnóstica em todos os estudantes da Rede Estadual para entender que competências ficaram mais fragilizadas durante a pandemia; realização de caravanas pedagógicas, trabalhando junto com as Gerências Regionais e escolas, para criar condições propícias à aprendizagem dos estudantes.

“Esse programa foi fundamental para trabalhar fluxo, aprovação, reprovação e realizar busca ativa de estudantes. Com essa estratégia, conseguimos garantir e diminuir a desigualdade da aprendizagem e mitigar o abandono e evasão, também refletidos no IDEB”, completou.

Fonte: CCom

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