Uma operação militar dos Estados Unidos realizada neste fim de semana no Afeganistão matou o principal líder da Al Qaeda, Ayman al-Zawahiri, 71, confirmou o presidente Joe Biden. Descrito pelo democrata nesta segunda-feira (1º) como “cérebro de ataques contra americanos”, Zawahiri atuava como número dois da organização terrorista na época dos atentados de 11 de Setembro, abaixo apenas de Osama bin Laden, e era procurado pelos americanos havia mais de duas décadas.
O ataque em Cabul foi feito com um drone na noite de sábado (30), pelo horário de Brasília, já 6h18 da manhã de domingo no Afeganistão. É, até onde se sabe, a primeira ação militar de Washington no país da Ásia Central desde a caótica retirada das tropas há pouco menos de um ano —que encerrou 20 anos de ocupação, mas devolveu o poder às mãos extremistas do Talibã.
“A justiça foi feita”, afirmou Biden. Segundo autoridades americanas, Zawahiri foi atingido com dois mísseis Hellfire quando estava na varanda de um abrigo em uma zona movimentada da cidade. O ataque não teria deixado mais nenhuma vítima.
O presidente americano, que tem apresentado resultados positivos em testes para a Covid-19 nos últimos dias, disse que autorizou “um ataque preciso que iria tirá-lo do campo de batalha de uma vez por todas”. Sem máscara, ele fez o pronunciamento a distância de um grupo limitado de jornalistas que pôde acompanhar o discurso.
Mais cedo, uma autoridade tinha adiantado à imprensa que os EUA haviam conduzido uma “operação de contraterrorismo contra um alvo importante da Al Qaeda no Afeganistão”, completando com a informação de que ela fora bem-sucedida e sem mortes de civis.
Se a precisão alardeada pela Casa Branca for confirmada, o ataque pode se tornar um trunfo para o democrata. Sua política externa em muitos aspectos claudicante é alvo de fortes críticas da oposição e teve nos erros em profusão na retirada de tropas no Afeganistão justamente seu pior momento.
Fonte: Folhapress