Ao menos duas pessoas morreram em Alagoas em decorrência das cheias dos rios desde a sexta-feira (1º), segundo informa boletim da Defesa Civil divulgado hoje. Um óbito foi confirmado na cidade de Coruripe e o outro em São Miguel dos Campos.
Segundo a Defesa Civil de Alagoas, 33.091 pessoas estão desalojadas e 6.192, desabrigadas. Porém, o número pode ser ainda maior porque “alguns municípios não tiveram seus dados coletados”, de acordo com o órgão.
Até agora, o governo decretou situação de emergência em 51 cidades.
São elas: Atalaia Barra de São Miguel, Barra de Santo Antônio, Belém, Branquinha, Cacimbinhas, Cajueiro, Capela. Coité do Nóia, Coqueiro Seco, Craíbas, Coruripe, Feliz Deserto, Girau do Ponciano, Jacuípe, Jequiá da Praia, Jundiá, Limoeiro de Anadia, Igreja Nova, Maceió, Maragogi, Marechal Deodoro, Major Izidoro, Matriz de Camaragibe, Murici, Palmeira dos Índios, Pão de Açúcar, Paripueira, Paulo Jacinto, Piaçabuçu, Pilar, Penedo, Porto Calvo, Porto Real do Colégio, Quebrangulo, Rio Largo, Roteiro, Santa Luzia do Norte, São Brás, São José da Laje, São Miguel dos Campos, São Luís do Quitunde, São Miguel dos Milagres, Santana do Mundaú, Satuba, Tanque D’Arca, Taquarana, Traipu, Teotônio Vilela, União dos Palmares e Viçosa.
Governo detalha ações
O governador de Alagoas, Paulo Dantas (MDB), afirma que novas cidades ainda podem ser incluídas no decreto. O levantamento inicial, feito com dados da Defesa Civil e da AMA (Associação dos Municípios Alagoanos), mostra que 29 cidades foram as mais afetadas.
Ainda segundo Dantas, mais de 300 servidores do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e demais órgãos trabalham no socorro e assistência às vítimas. Três helicópteros e dez botes estão à disposição para o trabalho de assistência a desabrigados e desalojados.
Um gabinete de crise foi instalado, sob coordenação do governador, e será composto pelo Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, secretarias do Gabinete Civil, Assistência e Desenvolvimento Social, Recursos Hídricos, Infraestrutura, Comunicação e dos Transportes. Foram convidados ainda a Procuradoria-Geral do Estado, Casal e a concessionária de energia Equatorial.
Chuvas devem diminuir, mas situação em Pernambuco preocupa
O coordenador da Sala de Alerta da Senarh (Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos), Vinícius Pinho, declarou que a previsão é de que nível de chuvas caia significativamente em Alagoas. Porém, a preocupação é que as chuvas em Pernambuco continuem a impactar os rios alagoanos.
“Nos últimos 60 dias, tivemos um volume de chuvas de 1.000 mm, o que corresponde ao esperado para o ano inteiro. Só nesses últimos dois dias choveu 75% do que estava previsto para todo o mês de julho”, destacou.
Fonte: Folhapress