O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) deve assinar na próxima semana um termo de cooperação sobre combate a fake news com entidades e representantes de diversas religiões.
A ideia é reduzir a resistência ao sistema de voto para as eleições deste ano, no momento em que o presidente Jair Bolsonaro (PL) realiza ataques às urnas eletrônicas e faz ameaças golpistas.
As entidades, porém, não devem se comprometer a apoiar a posição do TSE em defesa das urnas eletrônicas, dizem autoridades que acompanham as discussões.
A proposta é assumir compromissos contra a desinformação e ampliar o canal de diálogo com a corte, além de abrir espaço para divulgar informações oficiais sobre as eleições.
Na segunda-feira (30), o presidente do tribunal e ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Edson Fachin, recebeu o desembargador William Douglas, do TRF (Tribunal Regional Federal) da 2ª Região, para organizar o evento.
Douglas era um dos nomes avaliados por Bolsonaro para preencher a vaga de “terrivelmente evangélico” no Supremo, que ficou com o ministro André Mendonça.
“Serão representantes de várias tradições religiosas diferentes, como da umbanda, candomblé, espíritas, muçulmanos, judeus, evangélicos e católicos”, disse o desembargador à Folha.
“Todos vão assinar um compromisso de trabalharmos a paz, tolerância, diálogo e o repúdio a qualquer solução violenta sobre as eleições.”
A cerimônia está marcada para o próximo dia 6.
Fonte: Folhapress