A empresa Oxynit Soluções em Gases Eireli informou à Prefeitura de Teresina a impossibilidade de fornecimento dos 70 respiradores mecânicos comprados pela administração municipal para ampliar a estrutura de atendimento durante a pandemia do Coronavírus. Diante da impossibilidade de fornecimento, pela escassez do produto no mercado nacional e internacional, foi realizada a rescisão do contrato no valor de R$12.592.650,00 e a devolução integral do dinheiro aos cofres públicos.
O cancelamento da venda se deu em razão de o fabricante chinês ter desistido do fornecimento dos respiradores, impossibilitando a entrega do produto contratado.
“A Prefeitura tinha feito um investimento muito alto, mas necessário para salvar vidas, que é o nosso bem mais valioso. O respirador é um sistema eficiente e necessário na rede hospitalar, ajudando a salvar vidas. Está escasso no mundo inteiro e teve seu valor de mercado aumentado, em razão da pandemia de Covid-19. Agora, diante dessa impossibilidade da empresa contratada, vamos buscar com urgência outro fornecedor. Os respiradores realmente estão em falta em todo o mundo, comprá-los tem sido muito difícil, porque os fabricantes não conseguem atender a demanda e isso eleva ainda mais o preço. Mesmo assim, a Prefeitura de Teresina não mede esforços e vai adquirir os equipamentos, por sabê-los necessários. Nós estamos adotando várias medidas, como a melhor estruturação da rede, e isso representa a nossa busca por aperfeiçoar a assistência prestada à população”, explica Manoel Moura Neto, presidente da Fundação Municipal de Saúde.
Para Rogério Medeiros, médico com atuação em Unidade de Pronto Atendimento (UPA), a disponibilização de mais respiradores representa um avanço na rede de saúde: “Se a situação do paciente com Coronavírus evoluir para quadro grave, o pulmão pode entrar em colapso, não vai funcionar e ele pode ir a óbito. Esse quadro pode ser reversível. Ele precisará respirar artificialmente e esse equipamento dará suporte de ventilação, aumentando a possibilidade de sobrevida”, alerta.
Fonte: Ascom/FMS