A jornalista Emanuele Madeira, do ge, foi agredida por um homem que usava o uniforme do Altos, do Piauí, durante confusão generalizada do clube com o Fluminense-PI após partida da 9ª rodada do campeonato estadual.
Um bate-boca entre o técnico Wallace Lemos, do Flu-PI, e o presidente do Jacaré, Warton Lacerda, desencadeou uma batalha campal na porta dos vestiários do estádio Felipão, em Altos, a 40km de Teresina. Enquanto filmava a briga, a profissional da TV Clube, afiliada da Globo no estado, teve o celular arrancado à força e foi agredida no braço por uma pessoa que depois a agarrou pelo pescoço se recusando a devolver o material de trabalho da jornalista.
Após se escoltada pela Polícia Militar, a jornalista do ge registrou boletim de ocorrências na Polícia Civil. O Altos negou que a pessoa flagrada usando camisa do clube faça parte do seu estafe. Ele se chama João Paulo dos Anjos. À Polícia Civil, a equipe de reportagem identificou o agressor apenas como “Joãozinho”, como ele é conhecido na cidade. O agressor não foi encontrado para comentar o episódio.
O vídeo gravado pela cronista mostra o bate-boca entre Wallace Lemos e Warton Lacerda, que são contidos por jogadores e funcionários dos dois times. O tumulto abre uma série de agressões físicas e verbais entre os envolvidos. Ao se afastar da aglomeração, a jornalista é confrontada por um homem com uniforme do Altos.
– Ei, ei, não tô sendo filmado aqui, não, moça – ameaça o funcionário.
– Nem toque – responde a jornalista.
– Pois é, pois não venha filmar ninguém aqui, não – diz o homem antes de tomar o celular da cronista.
Para recuperar o material de trabalho, Emanuele Madeira tentou tirar seu celular das mãos do homem, que agarrou a jornalista pelo pescoço. O agressor só entregou o aparelho quando percebeu estar sendo filmado pelo cinegrafista.
– Ele tomou o celular da minha mão, e eu fui para cima dele tentando recuperar. Ele tentou me impedir me afastando de lado. Por conta do cinegrafista ter chegado em cima, ele devolveu meu celular. A intenção dele era apagar o vídeo. Ainda tem a tentativa de obstruir o nosso trabalho – explicou a jornalista.
Altos nega envolvimento no episódio
Procurado após a confusão, o Altos negou ter envolvimento no caso de agressão à jornalista e informou que a pessoa filmada, embora esteja uniformizada, não é funcionária do clube. Warton Lacerda, presidente do Jacaré e um dos personagens do tumulto, informou que o homem “pode ser algum torcedor” que teve acesso ao gramado.
Por conta do protocolo de saúde adotado pela Federação de Futebol do Piauí e do decreto imposto pelo Governo do Piauí, não é permitida a entrada de torcedores em estádios de futebol durante a pandemia. Por conta das restrições, é permitida a entrada apenas de atletas, funcionários de clubes e federação, além da imprensa.
Jogo é ofuscado por tumulto
Dentro de campo, o Altos conquistou uma valiosa vitória no estadual. O time venceu o Fluminense-PI por 2 a 0 e assumiu a ponta da tabela. Os atacantes Klenisson e Betinho foram os autores do gol do jogo.
O Alviverde é o primeiro colocado com 19 pontos, um a mais que o Flu-PI. As duas equipes ocupam atualmente o G-2, a zona de classificação à final do Piauiense. Apenas os dois primeiros jogam a decisão. Restam três rodadas para o fim da primeira fase.
Leia a nota da TV Clube na íntegra:
A jornalista Emanuele Madeira, do #ge, foi agredida por um homem que usava o uniforme do #Altos, do #Piauí, durante confusão generalizada do clube com o Fluminense-PI após partida da 9ª rodada do campeonato estadual.
Um bate-boca entre o técnico Wallace Lemos, do Flu-PI, e o presidente do Jacaré, Warton Lacerda, desencadeou uma batalha campal na porta dos vestiários do estádio Felipão, em Altos, a 40km de Teresina.
Enquanto filmava a briga, a profissional da TV Clube, afiliada da Globo no estado, teve o celular arrancado à força e foi agredida no braço por uma pessoa que depois a agarrou pelo pescoço se recusando a devolver o material de trabalho da jornalista.
A #RedeClube repudia de forma veemente as agressões físicas e verbais sofridas pela nossa colaboradora.
Fonte: GE