A importância história da instalação há 50 anos da Universidade Federal do Piauí motivou a realização de uma sessão online especial da Academia Piauiense de Letras (APL), realizada neste sábado (6). Com a participação do Reitor Gildásio Guedes e do vice-reitor Viriato Campelo, o ato solene reuniu acadêmicos, ex-reitores, integrantes da Administração Superior e representantes dos segmentos docente e estudantil da Universidade.
Ao abrir o evento, o presidente da APL, acadêmico e jornalista Zózimo Tavares, expressou alegria pela sessão em honra à Universidade e agradeceu aos acadêmicos pela aprovação unânime da proposição do ato solene. Para o presidente, a UFPI constitui um marco divisor na história do Piauí.
“Nos enchemos de contentamento e emoção ao recordar hoje a bela trajetória da Universidade, assinalada por muitos sacrifícios e desafios, tantas incompreensões e disputas, mas também muitas conquistas e vitórias” disse Zózimo. “Naquele 1º de março de 1971, quando a Universidade foi oficialmente instalada, o Piauí plantou em terra fértil a semente do saber, que se espalhou pelo estado e vem alimentando o espírito e a inteligência dos piauienses” declarou.
Docente da UFPI e ocupante da cadeira nº 1 da Academia, o acadêmico Fonseca Neto foi o orador da solenidade e proferiu uma palestra em que enfatizou fatos históricos e a força da mobilização de políticos, intelectuais, estudantes e personalidades que se articularam até verem aprovada no Congresso a Lei 5.528, de 1968, que autorizava finalmente a criação da primeira Universidade do Piauí.
“Instalada a UFPI, em março de 1971, nela confluem na origem as experiências de educação superior anteriores que existiam no Piauí: as Faculdades de Direito, Filosofia, Odontologia, Medicina e de Administração (de Parnaíba) ”, disse Fonseca, ao apresentar na palestra o pano de fundo político e histórico que culminou na aprovação da Lei 5.528, incorporando essas faculdades e criando a UFPI. ” A UFPI foi resultado desse acerto político na comissão mista do congresso que tinha Petrônio Portela como presidente e Chagas Rodrigues como relator”, desenhando assim o formato inicial da instituição.
Fonseca Neto dedicou sua palestra ao jornalista carioca Luiz Bello, in memoriam, que documentou no livro “Da Serra da Ibiapaba ao Campus da Ininga”, o resgate de 4 séculos de pedagogia no Piauí e a fundação da UFPI. O obra foi lançada esta semana pela Editora da Universidade, em ato comemorativo aos 50 anos da Instituição.
O reitor da UFPI, Gildásio Guedes, em seu discurso, agradeceu à Academia Piauiense de Letras pela homenagem que celebra a atuação nesses 50 anos da UFPI. Disse que a Instituição tem orgulho de ter colaborado com progresso do estado e de ter ampliado oportunidades e gerado mudança de vida para as mais de 75 mil pessoas que se graduaram e se pós-graduaram em 5 décadas de existência da Universidade. Guedes disse também que a Instituição se reinventa para continuar servindo aos que a procuram.
“A Universidade é feita de sonhos. Vamos lutar para finalmente criar o Parque Tecnológico do Piauí e também presentear Teresina com uma nova área verde de convivência, com a instalação de um Parque Ambiental na área entre o Setor de Esportes e o CT. Temos também o desejo de criar novos cursos para colaborar com a vocação de cidades onde temos campi instalados. Estamos aqui para fazer essa Universidade cada dia maior”, finalizou.
Participaram da solenidade os ex-reitores Anfrísio Neto Lobão Castelo Branco, Pedro Leopoldino e José Arimatéria Dantas Lopes, e 13 acadêmicos da APL, entre eles, Celso Barros Coelho; Fides Angélica, que cerimoniou o evento; Nelson Nery Costa; Jônathas Nunes, também presidente da Academia Piauiense de Ciências; Maria do Socorro Magalhães; e Elmar Carvalho. Pela Universidade, também prestigiaram a solenidade pró-reitores, diretores de centro, superintendentes, além de professores e estudantes.
A solenidade está disponível no canal da APL no You Tube.
Fonte: Ascom