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Governador Wellington Dias suspende carnaval e amplia leitos de Covid

O governador Wellington Dias se reuniu, nesta terça-feira (19), com o Comitê de Operações Emergenciais (COE) de combate à Covid-19 para discutir sobre a vacinação no Piauí, bem como a criação de um observatório de monitoramento pós-vacina e da mutação do coronavírus, o crescimento dos números de casos, a ampliação de leitos, as restrições no carnaval e ainda a volta às aulas.

De acordo com o chefe do Executivo estadual, as doses de vacinas que chegaram nesta segunda-feira (18) ao Piauí são suficientes para a primeira e segunda doses do grupo prioritário, mas já está articulando a liberação de mais doses para o estado.

“Em reunião com a equipe técnica, colocamos uma orientação que vai valer para os 224 municípios do Piauí. Cada vez que uma pessoa tomar uma vacina, vai ficar a segunda dose reservada para daqui a 21 dias. É claro que queremos o máximo de vacinação, mas garantindo a segurança da primeira dose sem perder um prazo da segunda dose. Ao mesmo tempo, estou tratando pelo Fórum Nacional dos Governadores para, junto ao Ministério da Saúde, agilizar mais liberação de vacina, especialmente do Butantan para que a gente possa garantir complemento vacinando mais pessoas. Já temos quatro milhões de doses prontas e queremos utilizar essas doses”, afirmou Wellington Dias.

Após tomar a vacina, a pessoa será monitorada quanto a efeitos colaterais. Esse trabalho será realizado pelo observatório pós-vacina, cuja implantação também foi também foi pauta da reunião.

“O Piauí instalou o seu observatório pós-vacina. É uma equipe técnica, que, na mesma forma que funcionou no modelo Monitora Covid. Ele vai, diretamente, através da Rede de Saúde, a partir de onde a pessoa tomar a vacina, para garantir atendimento em caso de qualquer efeito colateral. A outra alternativa é por telemedicina, no qual haverá uma equipe de plantão, por meio do Programa Monitora Covid, para que a pessoa possa tratar diretamente com a equipe médica a qualquer hora do dia ou da noite para o pós-vacina”, destacou o governador.

O Piauí também vai monitorar a nova mutação do coronavírus em seu território.

“O Piauí organiza o seu observatório com a presença de especialistas de diferentes áreas para acompanhar a mutação do coronavírus, bem como a realidade no nosso estado. Queremos estar integrados com um conjunto de cientistas do Brasil acompanhando a mutação do coronavírus e, é claro, a partir do conhecimento técnico, adotar as medidas adequadas. Espero que a gente não tenha nenhuma mutação que venha mudar os procedimentos de tratamento, de vacina e de exames, mas o Piauí quer estar na linha de frente acompanhando essa mutação”, ressaltou Dias.

Aumentos de leitos Covid-19
O aumento do número de casos de Covid-19 e, consequentemente, de internações resultantes das festividades de final de ano, preocupa o gestor estadual. Por isso, Wellington Dias autorizou a implantação de mais 40 leitos na rede hospitalar.

“Infelizmente, como já era esperado, tivemos, entre o Natal o Ano Novo, um número grande de pessoas que não seguiu o protocolo. O resultado foi o crescimento na transmissibilidade do coronavírus, assim como o aumento de pessoas doentes o aumento na ocupação de leitos em algumas regiões do estado. Por isso, aprovei a ampliação de mais leitos. São mais 40 novos leitos que ficarão disponíveis no município de Teresina, Oeiras e em outras regiões do estado. O objetivo é garantir que nenhuma região entre em colapso, ao mesmo tempo, fica o alerta para o cumprimento das regras, do uso da máscara, higienização das mãos, afinal não é porque já começou a vacinação que o coronavírus desapareceu”, frisou Wellington Dias.

O coordenador do COE, médico José Noronha, reiterou sobre a necessidade de ampliação de leitos e foi enfático quanto ao aumento de casos.

“O que temos são consequências da exposição da população no réveillon. Hoje, já estamos há uma semana com aumento de média móvel de casos de 30% a 40% por dia e estamos vivendo uma situação com a taxa de ocupação de leitos de UTI de 66% em todo o estado. Se levarmos em consideração apenas a capital Teresina, temos 73% de taxa de ocupação; níveis de alerta. Então, nossa maior preocupação é reorganizar a Rede de Saúde para ampliar essa quantidade de leitos, mas temos uma séria dificuldade com relação a espaço físico e equipes de saúde, que estão exaustos, por isso precisamos do auxílio da população”, disse.

Fonte: CCOM

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