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Secretário de Fazenda prevê queda de até 50% na arrecadação do Piauí

O secretário de Estado da Fazenda, Rafael Fonteles, prevê uma baixa na arrecadação do Estado de 30 a 50% como impacto direto pela pandemia de coronavírus que se espalha pelo país. Segundo o secretário, o isolamento social, medida de combate na proliferação do vírus, traz benefícios não só no campo da saúde, mas também econômico.

“Nessa verdadeira guerra que temos que travar para impedir a proliferação do vírus, se justifica não só na questão da saúde da população que vem em primeiro lugar, mas também por razões econômicas. Estudos já demonstram que há uma recuperação mais rápida da economia quando o isolamento social é feito mais cedo e de forma mais rigorosa“, defendeu.

Ainda conforme Fonteles, a previsão estimada é que o Estado arrecade até 50% menos durante esse período de depressão econômica, e caberá ao Ministério da Economia adotar medidas no combate à crise que ainda está por vir.

“Obviamente que iremos viver um momento de depressão econômica, que vai afetar trabalhadores, empresas e entes da federação. Poderemos ter queda de arrecadação de 30 a 50%, é o que temos previsto nos estudos da CONSEFAZ, e para fazer frente a essa de atividade econômica, o Ministério da Economia, o Governo Federal que tem a possibilidade de emitir título, financiamento, de emitir moeda, terá que ajudar não só os trabalhadores, mas também as empresas e governos estaduais e municipais”, argumenta.

O secretário explica que nesse primeiro momento medidas que garantam um combate efetivo para combater diretamente a pandemia são mais necessárias. “[…] ações de saúde, ações de assistência social, para garantir um combate efetivo, com o maior número de leitos e tudo que for necessário e sem nenhuma limitação”, destacou.

Em um segundo momento, como defendeu o gestor, a União terá que buscar formas de compensar esse déficit na arrecadação dos Estados e Municípios para que os entes possam exercer os serviços públicos.

“Em um segundo momento, a União terá que compensar essas perdas de arrecadação dos Estados e Municípios para manter os serviços públicos funcionando, não só na área da saúde, mas nas diversas áreas do serviço público que são essenciais para a população”, defendeu Rafael.

Por fim, o secretário da Fazenda defendeu a criação de um programa de intervenção estatal para a realização de um grande programa de obras para a recuperação da economia do Brasil, como comenta:

“Em um terceiro momento, quando o combate à pandemia for bem sucedido, um grande programa de intervenção estatal para um grande programa de obras. O Brasil não pode deixar de fazer um grande programa para recuperar a economia. As medidas anunciadas até o momento são pequenas, ao nosso ver. Tem que chegar a pelo menos 15% do PIB, de dinheiro novo, de recursos novos, para poder fazer frente a essas perdas econômicas que irão atingir trabalhadores, empresas e governos”, ressaltou.

Da Redação
Com informações do parlamentopiaui.com.br

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