O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta segunda-feira, 16, que atacar o líder supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei, acabaria “de uma vez por todas” com o conflito entre Israel e Irã.
Donald Trump rejeitou a sugestão israelense de assassinar Ali Khamenei, preocupado que isso pudesse intensificar a guerra. Em entrevista à ABC News, Netanyahu comentou o posicionamento negativo dos EUA: “Isso não intensificaria o conflito, isso acabaria com o conflito”.
Israel lançou ataques contra o Irã na última sexta-feira, 13, matando 78 pessoas e deixando outras 329 feridas na capital Teerã.
Segundo as forças armadas israelenses, os ataques em larga escala tinham como alvo instalações nucleares, fábricas de mísseis balísticos e comandantes militares no início de uma operação prolongada para impedir que Teerã construísse uma arma atômica.
“Tivemos meio século de conflitos disseminados por este regime que aterroriza a todos no Oriente Médio. A ‘guerra eterna’ é o que o Irã quer, e eles estão nos levando à beira de uma guerra nuclear. Na verdade, o que Israel está fazendo é impedir isso, pondo fim a essa agressão, e só podemos fazer isso enfrentando as forças do mal”, disse o primeiro-ministro à ABC News.
De acordo com Netanyahu, os bombardeios também têm como objetivo atingir os principais cientistas nucleares do Irã, e que isso também seria de interesse dos Estados Unidos.
“Hoje é Tel Aviv. Amanhã é Nova York. Olha, eu entendo ‘América Primeiro’ e não ‘América Morta’. É isso que essas pessoas querem. É uma batalha do bem contra o mal. A América está, deveria estar e está ao lado do bem. É isso que o presidente Trump está fazendo, e eu aprecio profundamente seu apoio”, declarou.
A sede da TV estatal IRIB em Teerã foi bombardeada por Israel nesta segunda-feira, 16, enquanto a âncora Sahar Emami estava no ar, ao vivo. Emami falava sobre os ataques de Israel ao Irã. “O que vocês estão ouvindo é o som do agressor. Vocês ouvem o agressor atacando a verdade”, disse momentos antes do bombardeio.