A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) realizou, nos últimos dias, a eliminação de mais de 10,1 milhões de ovos de incubação como parte de uma ação preventiva contra a Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP). A medida segue os protocolos do Plano Nacional de Contingência da Influenza Aviária e foi tomada após a identificação de um lote de 12 mil ovos oriundos do Rio Grande do Sul, estado que declarou emergência zoossanitária devido à detecção do vírus em aves comerciais.
Apesar de não haver qualquer evidência de contaminação nos ovos, a eliminação foi recomendada como precaução para evitar qualquer risco de disseminação do vírus no território paranaense, que não registra casos ou suspeitas da doença. A ação abrangeu todos os ovos presentes no incubatório localizado no Paraná, totalizando 10.163.130 unidades descartadas.
A decisão acompanha medidas similares adotadas por Minas Gerais e pelo próprio Rio Grande do Sul e demonstra o comprometimento do Paraná com a manutenção da sanidade agropecuária, um dos pilares de sua liderança na avicultura brasileira.
Biossegurança e rastreabilidade em destaque
O Paraná é responsável por cerca de 40% da carne de frango exportada pelo Brasil e lidera o setor com padrões sanitários reconhecidos internacionalmente. Com 131 escritórios locais da Adapar, 33 postos de fiscalização em divisas estaduais e parcerias com prefeituras e sindicatos rurais em todos os 399 municípios, o estado mantém um sistema robusto de rastreamento e controle sanitário.
A Adapar reforçou, por meio de nota técnica, as orientações para os produtores avícolas, como o uso de telas para impedir a entrada de aves silvestres nas granjas, controle rigoroso de acesso de pessoas, desinfecção de calçados, roupas e veículos, além da necessidade de notificação imediata em caso de suspeita.
Segurança do consumo e confiança internacional
A nota também esclarece que a Influenza Aviária não é transmitida pelo consumo de carne de frango ou ovos, desde que provenientes de estabelecimentos sob inspeção sanitária. Assim, o alimento segue seguro para o consumidor e apto ao comércio nacional e internacional.
Para os exportadores e para o mercado global, a ação preventiva amplia a credibilidade do sistema sanitário paranaense, essencial para evitar barreiras comerciais. A manutenção do status sanitário é vital para garantir o acesso aos mais exigentes mercados do mundo e proteger a cadeia produtiva que movimenta bilhões de reais anualmente.
Com uma produção que ultrapassou 2 bilhões de frangos em 2024, segundo dados do IBGE, o Paraná segue atento e preparado para preservar seu protagonismo no agronegócio brasileiro, priorizando a biossegurança, a vigilância ativa e a resposta rápida a qualquer ameaça à saúde animal.