A taxa de desocupação no Brasil subiu para 7,0% no trimestre encerrado em março de 2025, segundo a PNAD Contínua divulgada nesta terça-feira (30) pelo IBGE. Apesar da alta de 0,8 ponto percentual do desemprego em relação ao trimestre anterior, o índice ainda representa o menor patamar para esse período desde o início da série histórica, superando inclusive os 7,2% de março de 2014. O avanço da taxa de desocupação foi puxado tanto pela queda no número de ocupados quanto pelo crescimento da população em busca de trabalho.
Alta na taxa de desocupação é impulsionada por menos ocupações e mais busca por emprego
O número de brasileiros procurando emprego cresceu 13,1% em relação ao trimestre anterior, somando 891 mil pessoas a mais na população desocupada. Ao mesmo tempo, o contingente de ocupados caiu 1,3 milhão, o que representa um recuo de 1,3%. Essa retração ocorreu principalmente nos setores de Construção, Serviços Domésticos e Educação.
Ocupação cai em todos os setores, mas comparação anual ainda mostra avanço
Nenhum grupo de atividade econômica apresentou aumento no número de ocupados na comparação com o trimestre imediatamente anterior. Setores como Construção (-5,0%) e Alojamento e Alimentação (-3,3%) lideraram as perdas. Porém, quando comparado ao mesmo trimestre de 2024, houve crescimento expressivo em áreas como Indústria (3,3%), Comércio (3,1%) e Administração Pública (4,0%).
Rendimento médio atinge R$ 3.410 e renova recorde da série iniciada em 2012
Apesar do aumento do desemprego, o rendimento médio real dos trabalhadores subiu para R$ 3.410, o maior valor desde 2012. O aumento foi de 1,2% em relação ao último trimestre de 2024 e de 4,0% na comparação anual. Destaque para os ganhos em Agricultura (5,5%) e Construção (5,7%).
Emprego com carteira assinada se mantém estável
O número de trabalhadores com carteira assinada permaneceu estável, em 39,4 milhões, na comparação trimestral. Já o total de empregados sem carteira assinada caiu 5,3%, com destaque negativo para os setores de Construção e Serviços Domésticos.
Da Redação