O deputado estadual Rubens Vieira (PT) celebrou a atuação do Poder Legislativo em defesa da inclusão no ensino superior do Piauí. Em entrevista à TV e Rádio Assembleia, Rubens repercutiu requerimento apresentado por ele e aprovado por unanimidade e que foi encaminhado à Universidade Federal do Piauí (UFPI). O documento solicitando a contratação de um intérprete de Libras para a estudante Ana Beatryz Cunha Aragão, do curso de Arquitetura e Urbanismo, foi atendido.
A estudante, que é surda, havia denunciado por meio das redes sociais a ausência de um profissional de tradução em Libras nas aulas e chegou a relatar a possibilidade de abandonar o curso por não conseguir acompanhar o conteúdo das disciplinas. A situação ganhou repercussão nas redes e motivou a rápida atuação parlamentar.
“O direito à educação é inegociável. A Ana Beatryz foi aprovada por meio de cotas específicas para pessoas com deficiência, e a universidade tem o dever legal de garantir os recursos necessários para que ela possa concluir seu curso com dignidade e igualdade de condições”, declarou Rubens Vieira.
A solicitação enviada à UFPI reforçou a necessidade de contratação imediata de um profissional de tradução e interpretação em Libras para acompanhar a estudante nas atividades acadêmicas.
Rubens Vieira destacou que sua trajetória política tem raízes firmes na valorização da educação. “Quando fomos prefeito da nossa região, lá nos Cocais, a gente focava muito na questão da educação. Cocais dos Alves e Cocal hoje são referência educacional no estado do Piauí e no Brasil”, lembrou o parlamentar, reforçando que os avanços obtidos ao longo de sua carreira sempre estiveram atrelados à garantia de acesso ao ensino de qualidade.
As redes sociais como canal de escuta
O caso de Ana Beatryz também chamou a atenção pela forma como chegou ao conhecimento das autoridades. A estudante usou as redes sociais como ferramenta de denúncia, o que reforça o papel das plataformas digitais como instrumentos legítimos de participação cidadã. Rubens Vieira reconheceu essa importância e disse manter uma relação constante com os meios digitais.
“Sou muito assíduo nas redes sociais, nos meios de comunicação. Acho que é extremamente importante porque é uma forma de conversar com as pessoas e de captar o sentimento da população. Também é uma maneira de prestar contas do nosso trabalho à sociedade”, afirmou.
Direitos garantidos pela legislação
Além do reconhecimento político e social da causa, o caso de Ana Beatryz também se apoia em preceitos legais já consolidados. A legislação brasileira garante o direito à educação inclusiva, com base na Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146/2015), que assegura, entre outros pontos, o fornecimento de recursos de acessibilidade — como tradutores e intérpretes de Libras — nos estabelecimentos de ensino.
Nesse sentido, a resposta da UFPI ao requerimento do deputado Rubens Vieira não representa apenas um atendimento institucional, mas sim o cumprimento de um direito fundamental da estudante, reafirmando o papel do Estado e de suas instituições em garantir o pleno exercício da cidadania.
“Continuarei atento às demandas dos estudantes, especialmente daqueles que enfrentam barreiras estruturais para ter acesso à educação. O caso da Ana Beatryz é um símbolo de luta e vitória, mas também um lembrete de que precisamos estar sempre vigilantes”, concluiu.