O Tribunal de Justiça de São Paulo negou nesta quinta-feira (13) mais um recurso pela liberdade do empresário Fernando Sastre Filho. Ele é o dono da Porsche que bateu e matou o motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana em 2024.
Fernando Sastre é réu no processo em que é acusado de homicídio qualificado com dolo eventual. Esta é a sétima vez que a Justiça nega o pedido de liberdade apresentado pelos advogados do empresário, que está preso há quase 1 ano.
Ele dirigia com sinais de embriaguez um Porsche a mais de 100 km/h na Avenida Salim Farah Maluf, onde o limite é de 50 km/h, quando atingiu o carro do motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana.
Relembre o caso
Fernando Sastre de Andrade Filho causou a morte do motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, ao bater na traseira do carro dele em 31 de março. A promotora Monique Ratton sustentou em denúncia que o empresário consumiu álcool antes de dirigir e causar o acidente. Em entrevista à TV Globo e gravada antes da prisão decretada, Fernando disse “só ter bebido água”.
Fernando Sastre de Andrade Filho também deu a versão dele a respeito da ida da mãe dele, Daniela Cristina de Medeiros Andrade. Ele afirma que permaneceram no local por mais de 1h e que, depois em casa, teve um descontrole que exigiu o uso de medicação.
De acordo com a perícia, o Porsche 911 de Fernando estava a 114 km/h o momento da batida. O automóvel chegou a alcançar 156 km/h numa avenida da Zona Leste de São Paulo que tem um limite regulamentar de 50 km/h. Fernando Sastre de Andrade Filho afirmou que não tinha percebido que estava na velocidade apontada pela perícia.
Marcus Vinicius Machado Rocha, que estava no carro de luxo com Fernando, teve alta após voltar a ser internado em São Paulo. Segundo informações da defesa de Marcus Vinicius, o motivo da internação foi uma complicação decorrente da cirurgia de retirada do baço. Em depoimento, ele contrariou a versão do empresário ao dizer que o amigo tinha consumido bebida alcoólica antes de dirigir naquela noite.
Fernando Sastre está preso na P2 de Tremembé, conhecida como ‘Cadeia dos Famosos’. O local abriga detentos como Robinho, Gil Rugai, Cristian Cravinhos e Lindemberg Alves.